Após atentado, Trump indica vice e se mantém em alta no noticiário
Tentativa de assassinato do candidato republicano toma o centro do debate político e promete ter consequências nas eleições
atualizado
Compartilhar notícia
A candidatura do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump está no centro do noticiário político norte-americano. Após fim de semana tenso, quando o bilionário foi alvo de uma tentativa de asassinato, o assunto da vez ainda é o candidato do partido republicano.
No primeiro dia da Convenção Nacional do Partido Republicano, os delegados votaram e definiram, nesta segunda-feira (15/7), o ex-presidente Donald Trump como o candidato oficial da sigla nas eleições deste ano. O pleito ocorrerá em novembro.
Ainda no contexto do evento realizado em Milwaukee, pouco antes da oficialização da candidatura, o ex-presidente Donald Trump anunciou o senador J.D. Vance como candidato a vice na chapa republicana. Em postagem na rede Truth Social, Trump comunicou a decisão.
“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os tremendos talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande estado de Ohio”, escreveu.
O candidato republicano também apareceu na convenção, se mostrando em público pela primeira vez desde o atentado e ostentando um grande curativo na orelha direita, que foi atingida de raspão pelo atirador.
Vance saiu de um crítico destacado do ex-presidente — chegando a chamá-lo de “idiota” e o comparando a Adolf Hitler — a um apoiador ferrenho do bilionário. A presença do senador na candidatura de Trump tem sido destacada como agregadora, entre outros motivos, pela idade do político, em meio aos questionamentos sobre a capacidade física de Joe Biden.
Investigação em curso
Desde o debate ocorrido em junho, o centro das discussões estava na saúde de Joe Biden. A performance ruim do democrata frente ao rival republicano levantou dúvidas quanto a capacidade do mandatário para comandar a Casa Branca por um novo mandato.
Além disso, confusões do presidente durante discursos, ao trocar nome de líderes políticos e até da vice-presidente, tem dado coro às críticas quanto à saúde dele. Aliados e nomes influentes na política norte-americana têm insistido para que ele desista da disputa.
A discussão, no entanto, foi interrompida por um ataque ao candidato Donald Trump ocorrido no último sábado (13/7), em Butler, Pensilvânia. Por poucos centímetros, o republicano não foi alvejado de forma fatal. O ex-presidente foi ferido e encaminhado para o hospital.
Um homem que assistia ao comício morreu e o atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por agentes. O FBI investiga o caso como tentativa de homicídio e como um possível caso de terrorismo doméstico. Até o momento, a investigação indica que o criminoso agiu sozinho.
Em pronunciamento no Salão Oval, dada a gravidade do caso, o presidente Joe Biden falou em “baixar a temperatura da política americana”. Segundo Biden, o ataque “fez todos darem um passo para trás, reavaliar onde estamos e como seguiremos a partir daqui”. “Não podemos normalizar essa violência”, disse.