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Após atentado, Equador define candidatos que vão para 2º turno

Equador compareceu às urnas para eleger sucessor de Guilhermo Lasso, após atentado que matou o candidato Fernando Villavicencio

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Imagem colorida dos candidatos a presidente no Equador, Os candidatos Luisa González e Daniel Noboa - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida dos candidatos a presidente no Equador, Os candidatos Luisa González e Daniel Noboa - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Mais de 13 milhões de equatorianos foram às urnas neste domingo (20/8) para eleger seu novo presidente, após o mandatário do Equador, Guilhermo Lasso, dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas para interromper o próprio processo de impeachment. A votação se encerrou por volta das 17h, e culminou no segundo turno entre os candidatos Luisa González e Daniel Noboa.

O segundo turno vem depois de o Equador viver semanas tensas, com o assassinato de um dos candidatos à presidência, Fernando Villavicencio. Ele foi substituído pelo também jornalista Christian Zurita, que também era seu amigo pessoal. Apesar da mudança, o rosto de Villavicencio ainda aparecia nas impressões de voto, já que não houve tempo para efetuarem a mudança.

O segundo turno ficou definido entre a advogada Luisa González, candidata apoiada pelo ex-presidente do Equador, Rafael Correa, e o empresário Daniel Noboa, representantes da direita. Com cerca de 92% das urnas apuradas, González possui 33,27% dos votos, enquanto Noboa tem 23,68%.

As eleições registraram 82,26% de participação, tendo uma taxa de abstenção inferior ao previsto inicialmente. Por conta do voto ser impresso no Equador, a apuração das urnas sofreu um pouco mais de lentidão que o que se está acostumado no Brasil.

O contexto do Equador

Até chegar ao dia das eleições, o país viu o presidente Guilhermo Lasso recorrer a um mecanismo chamado Morte Cruzada. Apesar do nome alarmante, a emenda é um artigo na legislação que autoriza a dissolução do Congresso e convocação de novas eleições.

A corrida presidencial foi marcada por clima tenso, por conta do assassinato do candidato de direita, o jornalista Fernando Villavicencio, e chegou a registrar um ataque cibernético nas urnas das votações que ocorriam no exterior. A informação foi confirmada pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint.

“O CNE reconhece as dificuldades que surgiram na votação eletrônica, principalmente na Europa, Ásia e Oceania”, afirmou Diana Atamaint durante a avaliação sobre o desenvolvimento do dia de votação.

Após diversos alertas de seus eleitores e da Organização dos Estados Americanos (OEA), o CNE ressaltou, em comunicado divulgado nas redes sociais, que “as tentativas de acesso ilegítimo à plataforma foram bloqueadas e não há relatos de incidentes”.

No lugar de Villavicencio

Pela legislação equatoriana, a candidata a vice-presidente de Villavicencio, Andrea González, não poderia assumir a cabeça de chapa – por isso a substituição de Zurita, que vinha falando em luta contra a corrupção e fortalecimento da polícia. Ele aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, perdendo apenas para a candidata do ex-presidente Rafael Correa, Luisa Gonzalez.

Eram, ao todo oito candidatos à presidência do Equador, sendo: Christian Zurita, Luisa Gonzalez, Jan Topic, Yaku Perez, Daniel Noboa Azin, Bolivar Armijos, Xavier Hervas e Otto Sonnenholzner.

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Candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio em campanha
Fernando Villavicencio
Local onde o candidato Fernando Villavicencio foi vítima de atentado
Hospital onde o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio chegou a ser atendido após atentado
Grupo Los Lobos fez post assumindo a autoria do atentado contra Fernando Villavicencio
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Fernando Villavicencio

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Candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio em campanha

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Local onde o candidato Fernando Villavicencio foi vítima de atentado

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Hospital onde o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio chegou a ser atendido após atentado

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Grupo Los Lobos fez post assumindo a autoria do atentado contra Fernando Villavicencio

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Armas apreendidas no assassinato de Villavicencio

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Armas apreendidas no assassinato de Villavicencio

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Armas apreendidas no assassinato de Villavicencio

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A autoria do atentado contra Villavicencio foi reivindicada pela facção Los Lobos, em vídeo divulgado nas redes sociais, no qual também ameaçam outros políticos.

“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, serão dispensados. Você também, Jan Topic (outro candidato à Presidência), mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo”, anunciou o grupo de homens nas imagens.

Em maio, o atual presidente do país, Guillermo Lasso, assinou um decreto que dissolveu a Assembleia Nacional, antecipou a convocação de novas eleições e destituiu os parlamentares. Lasso está no cargo desde maio de 2021 e ficaria até 2025. Agora, o presidente eleito ficará no cargo até quando terminaria o mandato de Lasso, daqui a dois anos. Também serão eleitos 137 deputados nacionais e provinciais, que ficarão no cargo por igual período.

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