Após ataque em mercado, moradores de Buffalo protestam contra racismo
Cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao supermercado onde 10 pessoas foram mortas por homem autodeclarado supremacista branco
atualizado
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Moradores da cidade de Buffalo, em Nova York, protestaram contra o racismo, em frente ao supermercado no qual um homem de 18 anos feriu 13 pessoas, matando 10, após se autodeclarar supremacista branco. O ataque no supermercado Tops ocorreu nesse sábado (14/5) e chocou a segunda maior cidade de Nova York.
Na manifestação, cerca de 200 moradores carregaram faixas com frases como “vidas negras importam”. Alguns fizeram vigília pelos mortos no ataque.
Antes do ataque, classificado pelas autoridades como um ato de “extremismo violento com motivação racial”, o atirador escreveu um manifesto de 180 páginas no qual se descreve como um supremacista branco. Entre as 13 vítimas, 11 eram negras e duas brancas.
“As evidências que descobrimos até agora não enganam que este é um crime de ódio racista absoluto que será processado como crime de ódio”, disse o comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia.
Protesto
No protesto deste domingo (15/5), os moradores de Buffalo pediram medidas contra crimes de ódio no país. A polícia de Buffalo, a Swat e o FBI, que trata a situação como crime de ódio com motivação racial, investigam o caso.
Joseph Gramaglia, comissário de polícia de Buffalo, afirmou que o homem estava fortemente armado. John Garcia, xerife do Condado de Erie County, completou: “Foi um crime de ódio com motivação racial. Foi por pura maldade”.
Segundo as autoridades policiais e o FBI, polícia federal dos EUA, o atirador transmitiu o atentado ao vivo pela plataforma de videogames Twitch. As cenas de violência ficaram no ar por dois minutos, e a empresa retirou o conteúdo e bloqueou o perfil do jovem.