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Após assassinato de Villavicencio, Equador decreta estado de exceção, mas mantém eleições

Decisão foi tomada pelo gabinete de segurança do presidente Guilhermo Lasso, após morte do candidato Fernando Villavicencio

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Imagem colorida mostra hospital onde o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio chegou a ser atendido após atentado - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra hospital onde o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio chegou a ser atendido após atentado - Metrópoles - Foto: Franklin Jacome/Agencia Press South/Getty Images

Após o assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, na noite de quarta-feira (9/8), o governo decretou estado de exceção por 60 dias, mas manteve as eleições, previstas para ocorrer daqui a 10 dias, no domingo (20/8). O anúncio foi feito em pronunciamento do presidente Guillermo Lasso, durante a madrugada desta quinta-feira (10/8).

No pronunciamento, Lasso afirmou que as Forças Armadas equatorianas foram acionadas para garantir a segurança das eleições. Isso fará com que as forças equatorianas sejam deslocadas para todo o território nacional pelo prazo de 60 dias. “Aplicaremos todo o rigor da lei para que os responsáveis materiais e intelectuais paguem com a pena máxima”, afirmou.

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Apoiadores do candidato Fernando Villavicencio, assassinado em campanha, fazem protesto
Local onde o candidato Fernando Villavicencio foi vítima de atentado
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Hospital onde o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio chegou a ser atendido após atentado
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Candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio em campanha

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Apoiadores do candidato Fernando Villavicencio, assassinado em campanha, fazem protesto

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Local onde o candidato Fernando Villavicencio foi vítima de atentado

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Hospital onde o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio chegou a ser atendido após atentado

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Lasso também advertiu que o governo não descarta que a ação tivesse o intuito de sabotar a realização das eleições. Deixou, também, um recado ao crime organizado:

“Aqueles que buscam amedrontar o Estado, [saibam que] não vamos retroceder. O Estado está firme e a democracia não estremece diante da brutalidade deste assassinato. Não vamos entregar o poder e as instituições democráticas ao crime organizado, ainda que esteja disfarçado de organizações políticas”, assegurou.

Horas antes do discurso em rede nacional, ele havia anunciado, por meio das redes sociais, que o gabinete de segurança iria se reunir para dar uma resposta ao crime.

“O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles”, escreveu. O governo também decretou luto de três dias pela morte de Villavicencio.

O assassinato de Fernando Villavicencio

A declaração foi feita algumas horas depois do candidato à Presidência Fernando Villavicencio ser assassinado a tiros em Quito. O candidato fazia um comício político em uma escola na capital equatoriana, quando foi atingido pelos disparos.

O local estava lotado por apoiadores, e nove pessoas ficaram feridas no atentado. Seis pessoas foram presas e um dos suspeitos acabou morto em uma troca de tiros com a polícia, tudo isso em poucos minutos.

Veja vídeo do atentado:

Segundo pesquisa publicada pelo jornal El Universo, Fernando Villavicencio aparecia como 5º colocado na corrida pelo Palácio de Carondelet, sede do governo. Ele era conhecido por apoiar as causas indígenas e trabalhistas e era, antes de tudo, um jornalista investigativo.

Durante seu ofício como jornalista, ele denunciou grandes esquemas de corrupção, em especial os que envolvem o ex-presidente equatoriano Rafael Correa.

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