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Após ameaça nuclear, países da Europa fecham espaço aéreo para Rússia

Canadá, Espanha, Itália, França e Portugal fecham tráfego aéreo para voos da Rússia. Putin mandou colocar forças nucleares em “alerta”

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Michael Melo/Metrópoles
Brasília (DF), 14/03/2016 - Avião pousa do aeroporto internacional jk em brasília- Foto, Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 14/03/2016 - Avião pousa do aeroporto internacional jk em brasília- Foto, Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O mundo ficou em alerta após o presidente russo, Vladimir Putin, acionar forças nucleares contra a Ucrânia. Uma das primeiras reações foi o fechamento do espaço aéreo para voos da Rússia em países da Europa e da América.

Putin reuniu-se, neste domingo (27/2), com o ministro da Defesa, Serguei Choigu, e do Estado Maior, Dmitry Yuryevich Grigorenko, no Kremlin. No encontro, o mandatário ordenou que os ministros colocassem as forças nucleares em “regime especial de alerta”, conforme informado pela agência de notícias russa Tass.

Poucas horas depois, Canadá, Espanha, Itália, França e Portugal fecham tráfego aéreo às empresas de aviação da Rússia.

A União Europeia tomou a mesma medida. Aviões oficiais, comerciais e jatos particulares foram banidos nos 27 países-membros do grupo, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em pronunciamento ao vivo transmitido de Bruxelas.

Os países se juntam ao Reino Unido, Bulgária, Polônia, República Tcheca e Romênia que já haviam tomado essa decisão ao longo dos últimos dias.

Os Estados Unidos também têm restrições. A recomendação é que os pilotos evitem “todo o país da Ucrânia, todo o país de Belarus e uma parte ocidental da Rússia”.

A Estônia, a Letônia e a Lituânia decidiram fechar seu espaço aéreo para os aviões russos, mas o anúncio oficial ainda não foi feito.

A Ucrânia fechou seu espaço aéreo para voos civis na quinta-feira (24/2), quando o bombardeio russo começou.

Ameaça nuclear

Órgãos de segurança dos Estados Unidos dizem monitorar a situação. A Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, reagiu à determinação e disse que a medida “obedece a um padrão de fabricação de ameaças que não existem”.

Minutos após o anúncio, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, fez alertas sobre o risco da medida.

“Putin colocar as armas nucleares em alerta mostra que o líder russo está escalando o conflito de uma maneira que é inaceitável”, criticou.

O gesto de Putin é uma resposta às sanções de países do Ocidente impostas à Rússia, que mesmo assim tem apresentado condições para driblar as medidas restritivas exigidas. A ameaça em apelar para armas nucleares, no entanto, ligou um alerta para o efeito catastrófico que o uso do aparato com grande potencial letal e destrutivo pode causar.

A Otan também condenou a iniciativa. O secretário-geral da entidade, Jean Stoltenberg, fez um breve pronunciamento logo após o anúncio de Putin. “Ameaça nuclear da Rússia é retórica perigosa”, afirmou.

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O mais jovem membro do parlamento ucraniano, Sviatoslav Yurash, de 26 anos, é visto armado para defender seu país, quando os ataques da Rússia à Ucrânia entraram no quarto dia. Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022
Uma visão dos danos causados pelo conflito armado entre Rússia e Ucrânia. Imagem mostra a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sob o controle de separatistas pró-russos, em 27 de fevereiro de 2022
Militares ucranianos patrulham durante um toque de recolher. Forças russas continuam avançando no terceiro dia em Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022
Militares ucranianos patrulham durante um toque de recolher. Forças russas continuam avançando no terceiro dia em Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022
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Fumaça é vista subindo por trás de edifícios após bombardeios, em 27 de fevereiro de 2022, em Kiev, Ucrânia. Explosões e tiros foram relatados em torno da capital do país. A invasão da Ucrânia pela Rússia, que matou dezenas de pessoas e é amplamente condenada por líderes americanos e europeus, continua

Pierre Crom/Getty Images
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O mais jovem membro do parlamento ucraniano, Sviatoslav Yurash, de 26 anos, é visto armado para defender seu país, quando os ataques da Rússia à Ucrânia entraram no quarto dia. Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
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Uma visão dos danos causados pelo conflito armado entre Rússia e Ucrânia. Imagem mostra a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sob o controle de separatistas pró-russos, em 27 de fevereiro de 2022

Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images
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Militares ucranianos patrulham durante um toque de recolher. Forças russas continuam avançando no terceiro dia em Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
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Militares ucranianos patrulham durante um toque de recolher. Forças russas continuam avançando no terceiro dia em Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Rússia avança

Neste domingo (27/2), as tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. Além disso, mísseis balísticos atingem refinaria e gasoduto em território ucraniano.

O governo russo afirmou que uma delegação teria sido enviada a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia. Os ucranianos, entretanto, alegaram que as ofertas foram declinadas “categoricamente”. Depois disso, Zelensky divulgou a mensagem no Twitter.

Diante do aceno, o governo ucraniano entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia

“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão”, escreveu o presidente ucraniano.

Zelensky também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, assinalou.

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