Apoiadores de Cristina Kirchner entram em confronto com a polícia
Manifestação ocorreu na noite desse sábado (27/8), no entorno da casa dela, em Buenos Aires. A ex-presidente é acusada de corrupção
atualizado
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Apoiadores da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foram às ruas de Buenos Aires nesse sábado (27/8) e a manifestação resultou em confronto com a polícia local.
A ex-presidente do país vem sendo acusada de corrupção. O Ministério Público chegou a entrar com pedido de prisão contra ela e solicitou, ainda, a inabilitação para o exercício de cargos públicos.
Os manifestantes se reuniram em torno da casa de Kirchner, em Recoleta. Forças de segurança colocaram cercas para dificultar a aproximação à residência e tentaram conter o protesto.
O tom da manifestação rapidamente esquentou, diante da presença policial. O confronto resultou em ao menos cinco policiais e quatro manifestantes feridos.
Em carta ao prefeito da cidade, Horacio Rodríguez Larreta, Kirchner expressou revolta com a ação da polícia. “Eles querem proibir manifestações absolutamente pacíficas e alegres, de amor e apoio que acontecem diante da já inegável perseguição do partido judicial”, afirmou.
Ela destacou, ainda, o tratamento diferenciado, conforme o posicionamento político: “Para os macristas: cuidado e proteção. Para os peronistas: grades, infantaria da polícia municipal e até paus, gás lacrimogêneo e spray de pimenta”.
Acusações
A ex-presidente, de 69 anos, é acusada de fraudar o Estado e é investigada por envolvimento em um esquema de desvio de recursos púbicos, no período em que esteve à frente do governo do país.
Kirchner alega que está sendo vítima de perseguição judicial. O Ministério Público pediu 12 anos de prisão contra ela.
Ao final da manifestação e do confronto, Cristina fez um discurso de agradecimento em um palco improvisado do lado de fora da casa. “Em uma democracia, o direito à liberdade de expressão é fundamental. Quero agradecer e pedir que descansem. Foi um longo dia”, disse aos apoiadores.