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Apagão na Venezuela: Guaidó marca manifestação para esta terça-feira

O interino responsabilizou o presidente Nicolás Maduro, pela situação. Ao menos 17 pessoas já morreram em decorrência do apagão

atualizado

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Juan Guaidó em Brasília
1 de 1 Juan Guaidó em Brasília - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em meio ao apagão que atinge a Venezuela há cinco dias, Juan Guaidó, autodeclarado presidente venezuelano, convocou nesta segunda-feira (11/3) a população para manifestações nesta terça-feira (12) a partir das 15h. Em discurso na Assembleia Nacional, ele defendeu a união de forças em busca da consolidação dos “direitos”. Guaidó lembrou que, em janeiro, havia avisado que “dias duros” viriam.

O interino responsabilizou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pelo apagão. “O regime usurpador tenta confundir a todos aproveitando-se da falta de esperança. Nesta etapa, nosso êxito será a união de todos os fatores do país, a exigência dos nossos direitos e a mobilização em nível nacional.”

O apagão é tema principal da sessão desta segunda-feira na Assembleia Nacional. “Continuamos monitorando a situação. Nosso povo continua a viver com a preocupação de novos apagões, enquanto os cínicos mentem e zombam da dor e da morte”, afirmou Guaidó na sua conta no Twitter.

A Assembleia Nacional deve analisar hoje a proposta de Guaidó para declarar estado de emergência em todo território venezuelano devido aos impactos causados pelo colapso no setor elétrico. Há informações de organizações não-governamentais que, pelo menos, 17 pessoas morreram nos últimos dias porque hospitais e clínicas não tiveram condições de prestar atendimento.

Guaidó lembrou que, em 2009, o governo venezuelano decretou emergência elétrica e que, em 2013, as instalações de energia do país passaram a ser controladas por forças públicas. Ao comparar o apagão com a falta de luz e alimentos, ele foi aplaudido pelos presentes.

“O ditador bloqueia a água e a luz como bloqueou a ajuda humanitária. Bloqueia comida, medicamentos e a prosperidade da Venezuela. Quem rouba Miraflores [em referência à sede do governo da Venezuela] e queima oportunidades somente quer agravar a tragédia do dia a dia do venezuelano.”

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