Ao menos 65 militares foram detidos na Venezuela
Eles são acusados de trair a pátria e de instigar uma rebelião, há um descontentamento entre os militares com o governo de Nicolás Maduro
atualizado
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Um advogado da Venezuela, Alonso Medina, afirmou que pelo menos 65 membros dos militares do país foram detidos, entre eles oficiais e o capitão de uma importante unidade de uma região fronteiriça. Membro da cooperativa Foro Penal, Medina disse nesta quinta-feira que alguns dos militares foram acusados de trair a pátria e de instigar uma rebelião, enquanto outros ainda aguardam uma audiência no tribunal.
O líder oposicionista Henrique Capriles afirma que os militares do país estão “completamente divididos” e “profundamente descontentes” com o governo.
As prisões ocorrem depois de mais de um mês de distúrbios políticos no país, durante os quais centenas de pessoas foram às ruas exigindo eleições. Os protestos frequentemente terminam com a guarda nacional e a polícia lançando gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Líderes do governo negam que exista qualquer fissura entre os militares do país.