Ao menos 41 crianças morreram no incêndio em shopping na Rússia
Vladimir Putin depositou flores no local da tragédia e denunciou “uma negligência criminal”. Chamas iniciaram em uma praça de jogos infantis
atualizado
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Ao menos 41 crianças morreram no incêndio registrado no domingo (25/3) que matou 64 pessoas em um shopping de Kemerovo, na Sibéria. Uma tragédia que o presidente russo, Vladimir Putin, atribuiu à “negligência”.
“Na lista de mortos, estão os sobrenomes de 41 crianças”, afirmou à agência de notícias Ria Novosti uma fonte dos serviços de emergência da região de Kemerovo. De acordo com a fonte, o balanço oficial preliminar é de 64 mortos.
Em reunião com autoridades locais e nacionais, Putin denunciou “uma negligência criminal”. “Falamos de demografia e perdemos tantas pessoas. Por quê? Por negligência criminal, por descuido”, afirmou o líder durante a visita a Kemerovo.
“O que aconteceu não foi uma hostilidade, não foi uma explosão de metano em uma mina. As pessoas estavam aqui para relaxar. Havia crianças”, completou o presidente.
De acordo com fontes oficiais, o centro comercial não respeitava as normas de segurança. Investigadores e testemunhas afirmam que as saídas de emergência estavam trancadas e não foram ouvidos alarmes de advertência no início do incêndio.
Investigações
O presidente do Comitê de Instrução da Rússia (CIR), Alexcandr Bastrikin, afirmou que as chamas tiveram início em uma praça de jogos infantis no quarto andar do shopping, de nome Zimnaya Vishnia (Cereja de Inverno).
“Há duas hipóteses: um curto-circuito provocado por defeitos do sistema elétrico, e a outra — que acreditamos ser muito menos possível — de alguém ter ateado fogo”, disse.
Bastrikin afirmou que logo após o início do incêndio, “a maior parte do pessoal (do shopping) fugiu, abandonando as crianças e os pais”. “Os funcionários responsáveis pela segurança, para organizar a retirada de pessoas, foram os primeiros a sair correndo”, disse ele, acrescentando que entre os funcionários do centro comercial “praticamente não houve vítimas”.