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Ao desembarcar em Roma, Battisti será levado direto para prisão

Várias autoridades do governo da Itália deverão estar presentes no momento da aterrissagem do avião

atualizado

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Interpol/Divulgação
battisti
1 de 1 battisti - Foto: Interpol/Divulgação

Ao desembarcar em Roma nesta segunda-feira (14/1), o terrorista Cesare Battisti, de 64 anos, será recebido pelos agentes do GOM, grupo operativo móvel da polícia penitenciária da Itália. O criminoso será levado para a prisão de Rebibbia, na capital italiana.

Ele chegará ao Aeroporto de Ciampino. Várias autoridades do país deverão estar presentes no momento da aterrissagem do avião – entre eles, os ministros Alfonso Bonafede, da Justiça, e Matteo Salvini, do Interior. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Administração Prisional da Itália.

Salvini adiantou que pretende pedir ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, para apelar ao presidente da França, Emmanuel Macron, a extradição de cidadãos acusados pela Justiça italiana. “Vou pedir imediatamente ao presidente do Conselho de Conte para escrever ao presidente Macron para a França devolver alguns delinquentes para nós.”

Tranquilidade
Battisti foi capturado no sábado (12) nas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo um vídeo feito no momento da prisão, o fugitivo usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português.

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, o italiano é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, Cesare Battisti foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o italiano deveria ficar no Brasil – e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou a operação e conversou por telefone com o primeiro-ministro da Itália, que agradeceu a colaboração do governo brasileiro. Nos últimos dias da gestão Michel Temer, houve a decisão do STF de extraditar o terrorista. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.

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