American Airlines afasta funcionários por discriminação racial
Caso ocorreu em janeiro deste ano, entretanto, o afastamento dos funcionários só foi anunciado nesta quinta-feira (20/6)
atualizado
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A American Airlines anunciou o afastamento de funcionários após três homens negros processarem a companhia aérea por suposta discriminação racial. A ação judicial foi iniciada no mês passado em um tribunal federal dos Estados Unidos.
Os homens não se conheciam e embarcavam no voo 832 no aeroporto de Phoenix com destino a Nova York. Eles estavam sentados em poltronas diferentes do avião e alegam que foram retirados da aeronave depois que um comissário de bordo, branco, reclamou de um forte odor corporal.
Robert Isom, CEO do American Airlines, comunicou em nota aos funcionários que o incidente foi “inaceitável”, além de afirmar que a ação não cumpre com os compromissos da empresa.
“Estou extremamente decepcionado com o que aconteceu naquele voo e com a falha em nossos procedimentos. Falhamos com nossos clientes neste incidente”, informou de acordo com o jornal americano The Washington Post.
De acordo com um dos funcionários, foi relatado que alguém do voo havia reclamado do odor, embora ninguém tivesse acusado os homens.
As vítimas foram autorizadas a retornar para o voo, mas o processo classifica o caso como “traumático, perturbador, assustador, humilhante e degradante”.
Um dos homens relatou sobre o ocorrido. “Infelizmente, sou negro e moro na América. Isso faz você voltar para a realidade de que não posso simplesmente ir em uma loja. Não posso simplesmente fazer coisas normais, como por exemplo, pegar um avião para casa”, diz.