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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, usou a guerra na Ucrânia para aumentar seu poder. Ele decretou estado de emergência nesta terça-feira (24/5) e passará a poder governar o país através de decretos, contornando o controle do Parlamento local.
O húngaro defendeu que seu governo precisa de “espaço para manobrar com agilidade” diante das dificuldades no Leste Europeu.
“O governo declara o estado de emergência por causa da guerra na Ucrânia”, disse Orbán, em um pronunciamento gravado.
O anúncio ocorreu horas após o Parlamento húngaro ter aprovado uma emenda constitucional que abriu a possibilidade para a medida.
Orbán é um dos mais próximos aliados internacionais do presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem divide grande identificação ideológica na defesa de pautas da extrema-direita. Em fevereiro, Bolsonaro foi à Hungria e se encontrou com o colega húngaro.
O país europeu tem vivido sob o temor de desestabilização democrática desde o início do primeiro mandato de Orbán – ele acaba de ser reeleito –, devido a uma série de medidas do primeiro-ministro, como cerceamento à liberdade de imprensa e pressão sobre o Judiciário local.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Orbán, líder de extrema-direita, acredita que o mundo está prestes a entrar numa crise económica e reiterou que o país “deve permanecer fora da guerra, proteger a segurança das famílias”. “Para isso precisamos de espaço de manobra”, defendeu.
O primeiro-ministro disse que a crise está a ser desencadeada pela invasão russa da Ucrânia e pelas sanções contra Moscou.
A guerra
Nesta terça, a guerra completa três meses. Rússia e Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky.
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