metropoles.com

Alemanha indica sanção militar à Rússia em caso de invasão à Ucrânia

Chanceler alemão, Olaf Scholz, reafirmou apoio aos ucranianos, pediu diálogo com os russos e alertou para possíveis atritos em caso invasão

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Deutscher Bundestag/Achim Melde
Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão
1 de 1 Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão - Foto: Deutscher Bundestag/Achim Melde

A Alemanha reafirmou o apoio à soberania da Ucrânia e prometeu sanções militares caso a Rússia invada o território do país do leste europeu. Os Estados Unidos, durante o fim de semana, fizeram o mesmo tipo de alerta.

Nesta segunda-feira (14/2), o chanceler alemão, Olaf Scholz (foto em destaque), visitou Kiev, capital da Ucrânia, e fez novos alertas contra a Rússia. Ele foi recebido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Os líderes conversaram por duas horas.

“Continuaremos a ajudar a Ucrânia a continuar essa operação política [de evitar a invasão] nesse momento. Trabalhamos de forma confidencial e também com a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, afirmou.

13 imagens
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
1 de 13

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra

Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
2 de 13

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
3 de 13

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
4 de 13

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
5 de 13

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
6 de 13

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
7 de 13

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
8 de 13

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
9 de 13

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
10 de 13

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
12 de 13

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
13 de 13

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Na terça-feira (15/2), Scholz vai se reunir com o presidente russo, Vladmir Putin. O entendimento da Alemanha é que a atividade militar na fronteira significa uma ameaça. A Rússia cercou a Ucrânia em três pontos.

“Nós pretendemos ter um diálogo com a Rússia sobre segurança. Os EUA deixaram bastante claro a proposta e aguardamos do lado russo uma resposta”, adiantou o chanceler.

Esse é o momento mais tenso da disputa entre os dois países. O imbróglio teve início com a exigência do governo russo de que o Ocidente não aceite a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — uma aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

O presidente ucraniano agradeceu o apoio da Alemanha, demonstrou preocupação com a escalada da tensão e concluiu: “Temos formas diferentes de avaliar algumas questões hoje”, destacou, se referindo à Rússia.

Atividade militar

Os Estados Unidos fizeram um alerta para o que chamaram de “intensificação” da atividade militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia.

Na tentativa de evitar a invasão da Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou o presidente russo, Vladmir Putin, com “sanções severas”.

Na sexta-feira (11/2), a rede pública americana PBS News informou que Putin havia decidido pela invasão e já teria comunicado seu veredito às Forças Armadas.

O governo russo afirmou que capturou um submarino nuclear americano perto da ilha Urup, arquipélago das Curilas. A informação foi confirmada neste sábado (12/2) pelo Ministério da Defesa da Rússia. Segundo o governo russo, a embarcação ignorou o aviso para deixar as águas territoriais do país.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?