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Alemanha considera prender Netanyahu, diz porta-voz de Olaf Scholz

Procurador do Tribunal Penal Internacional pediu a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entre outras pessoas

atualizado

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O chanceler alemão Olaf Scholz cumprimenta o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu
1 de 1 O chanceler alemão Olaf Scholz cumprimenta o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - Foto: Kay Nietfeld/picture alliance via Getty Images

O embaixador de Israel em Berlim, Ron Prosor, escreveu um apelo dramático no X, pedindo que as decisões do Tribunal Penal Internacional (TPI) não sejam reconhecidas pela Alemanha. Um procurador da Corte solicitou a prisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros envolvidos na guerra da Faixa de Gaza.

Mas a resposta não foi nem um pouco positiva. Perguntado se a Alemanha prenderia Netanyahu, caso o TPI decidisse assim, Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz, disse que sim.

“Claro. Sim, cumprimos a lei”, afirmou Hebestreit.

O procurador-chefe do TPI, Karim Kahn, anunciou na última segunda-feira (20/5) ter pedido mandado de prisão para Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Também entram na solicitação Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh, líderes do Hamas.

Pedido de prisão de Netanyahu “ultrajante”

Prosor já havia usado as redes sociais para questionar o pedido do TPI e a possibilidade de a Alemanha atender a solicitação. “Isso é ultrajante! O ‘Staatsräson’ alemão está agora a ser posto à prova – sem ‘se’ ou ‘mas'”, escreveu.

Staatsräson é a palavra alemã que se refere ao compromisso da Alemanha de garantir que a segurança de Israel faz parte da sua segurança e interesses nacionais.

“Isto contrasta com as declarações fracas que ouvimos de algumas instituições e actores políticos. A declaração pública de que Israel tem direito à autodefesa perde credibilidade se ficarmos de mãos atadas assim que nos defendermos”, continuou Prosor.

O embaixador afirmou que o procurador-chefe do TPI equipara Israel, um governo democrático, com o Hamas, “demonizando e deslegitimando assim Israel e o povo judeu”.

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