AIEA aprova arquivamento de investigação sobre atividades nucleares do Irã
Diplomatas disseram que o conselho da AIEA aprovou por unanimidade uma resolução que teve o rascunho elaborado pelos EUA e por outras cinco potências
atualizado
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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concordou nesta terça-feira (15/12) em encerrar a demanda sobre as atividades nucleares passadas do Irã. Com isso, fica arquivada a investigação que concluiu que Teerã aparentemente desistiu de suas operações relativas à busca de armas nucleares ocorridas até 2009.
Diplomatas disseram que o conselho da AIEA aprovou por unanimidade uma resolução que teve o rascunho elaborado pelos EUA e por outras cinco potências, o que encerrará a investigação sobre as atividades nucleares anteriores nas próximas semanas. Isso ocorrerá assim que Teerã concluir outros importantes preparativos para a total implementação do acordo nuclear. Nesse momento, o Irã também deve garantir um grande alívio em suas sanções.
O apoio unânime à resolução reduzirá a pressão sobre o governo do presidente Barack Obama em relação à investigação da AIEA, o mais recente esforço em uma década nas tentativas de descobrir quão longe o regime iraniano foi na busca por armas nucleares. Autoridades iranianas continuam a afirmar que o programa iraniano era puramente civil, com fins pacíficos.A AIEA concluiu que o Irã tinha um programa para buscar armas até 2003 e que manteve algumas atividades relativas a essa iniciativa até 2009. A agência disse, porém, que as atividades do Irã não eram avançadas e que não havia evidência de que o Irã tenha continuado a realizar essas atividades após 2009.
No relatório da AIEA, divulgado no início de dezembro, ficou claro que o Irã não havia oferecido respostas claras para várias questões sobre seu passado nuclear. Isso levou alguns congressistas norte-americanos a pressionar o governo a manter as sanções.
Em declarações na manhã desta terça-feira, o embaixador dos EUA na AIEA, Henry Ensher, disse que o fechamento da investigação não impediria que a agência voltasse a tratar de preocupações sobre as atividades nucleares iranianas no passado ou no futuro nos próximos anos.