“Aiatolás agem como regime nazista”, diz Israel sobre Irã na ONU
Conselho de Segurança da ONU se reuniu emergencialmente neste domingo (14/4) após ataque com drones do Irã a Israel
atualizado
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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu neste domingo (14/4). O encontro de urgência foi pedido por Israel depois de o Irã ter enviado mais de 300 drones kamikazes ao território israelense no sábado (13/4).
O grupo não votou nenhuma resolução durante a reunião. Em sua fala, o representante de Israel na ONU, embaixador Gilad Erdan, comparou os aiatolás, líderes iranianos, ao regime nazista.
“O regime dos aiatolás é um plano muito claro. O seu objetivo tem sido a continuidade da dominação global pra levar a revolução xiita mundo afora”, argumentou o embaixador.
“Como o regime nazista, o regime dos aiatolás espalha a morte e a destruição onde passa”, reforçou Erdan.
O secretário-geral da ONU, António Guterres se pronunciou no início da reunião. “O Oriente Médio está no limite. A população da região enfrenta o perigo real de um conflito devastador em grande escala. Agora é a hora de desarmar e desescalar”, ressaltou.
Erdan solicitou a reunião para repudiar “de forma inequívoca” o ataque. Ele também solicitou que a Guarda Revolucionária Iraniana seja enquadrada como organização terrorista.
O grupo composto pelos líderes dos sete países mais ricos do mundo, o G7, também condenou a ação do Irã neste domingo (14/4). As potências se reuniram de forma online após pedido da Itália.
O ataque
O conflito ganhou um novo capítulo no sábado (13/4), após o Irã lançar dezenas de drones e mísseis em direção à Israel. O sistema de defesa israelense interceptou os objetos disparados pelo rival. Segundo as Forças de Defesa do país, 99% das armas foram interceptadas.
O estopim para a ofensiva de Teerã foi um bombardeio contra a embaixada iraniana em Damasco, na capital da Síria, que deixou mais de uma dezena mortos. Entre as vítimas, está um general da Guarda Revolucionária do Irã e um comandante das Forças Quds. O ataque foi atribuído a Israel, que nega envolvimento na ação.