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O resultado da apuração das urnas na África do Sul confirmou o que pesquisas eleitorais previam: o Congresso Nacional Africano (CNA) levou pouco mais de 40% dos votos válidos, retratando um descontentamento dos sul-africanos com o atual governo.
Embora ainda tenha sido o partido mais votado do país, ele nunca tinha tido um desempenho tão fraco desde a eleição do primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, em 1994.
Os novos parlamentares terão até 30 dias para escolher quem governará o país. A escolha da maioria absoluta vencerá, então o CNA terá de negociar como e buscar alianças se quiser continuar na presidência.
“Nenhum partido está em condições de não falar de coalizão. A questão é: quem serão os parceiros de coalizão, algo que parece ser inevitável agora”, disse à RFI a analista de política externa Sanusha Naidu.
A apuração das urnas durou três dias. Alguns partidos pedem a recontagem de votos, demanda comum em eleições no continente.
Em segundo lugar na eleição deste ano ficou o liberal conservador Aliança Democrática (AD), com cerca de 22%. O partido uMkhonto weSizwe (MK), criado no fim do ano passado pelo ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, foi o terceiro mais votado do país com cerca de 15% dos votos.
Maioria da população da África do Sul não foi às urnas
No país onde o voto não é obrigatório, dos cerca de 41 milhões de sul-africanos com mais de 18 anos que poderiam ter se registrado para votar, menos de 28 milhões retiraram seus títulos de eleitor. Menos de 60% dos que se registraram para votar foram, realmente às urnas.
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