Advogados de Trump renunciam após suspeita de retenção de documentos
Nas redes, Trump confirmou a renovação da sua equipe jurídica. Republicano é acusado de reter documentos confidenciais da Casa Branca
atualizado
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou, nesta sexta-feira (9/6), que fará mudanças na sua equipe jurídica para os julgamentos na corte americana. O pronunciamento ocorreu depois de dois importantes advogados do republicano informarem que não acompanhariam mais Trump nas ações que o acusam de reter documentos confidenciais da Casa Branca.
“Tenho que enfrentar a maior caça às bruxas de todos os tempos”, escreveu o ex-chefe de Estado americano, depois de anunciar Todd Blanche como seu novo advogado. Um nome adicional deverá ser divulgado nos próximos dias.
Os advogados Jim Trusty e John Rowley confirmaram, em nota conjunta, o abandono do caso. “Esta manhã, apresentamos nossas renúncias como advogados do presidente Trump e não o representaremos mais no caso indiciado ou na investigação de 6 de janeiro”, anunciaram.
A declaração surge depois de Trusty fazer diversas aparições em noticiários de televisão americanos, entre a noite de quinta (8/6) e a manhã de sexta (9/6), na condição de advogado do ex-presidente.
Trump enfrenta um julgamento na corte americana por suposta retenção ilegal de documentos confidenciais da Casa Branca em sua casa de Mar-a-Lago, na Flórida, além de contar com acusações de obstrução de Justiça e outros crimes relacionados à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro.
Na próxima terça-feira (13/6), ele comparecerá a um tribunal federal em Miami para ouvir formalmente as sete acusações contra ele.
Os casos serão acompanhadas pela juíza Aileen Cannon, conforme anuncio oficial desta sexta-feira. Cannon é conhecida por ter julgado outras acusações sobre o ex-presidente em 2022 e ter dado voto favorável ao político.
Enquanto isso, o novo advogado de Trump, Todd Blanche, já está ambientado com o clima de polêmicas, uma vez que acompanha uma outra acusação na Suprema Corte de Manhattan. Nela, o republicano também é réu por suspeita de falsificar registros comerciais relacionados a um um pagamento clandestino à estrela pornô Stormy Daniels pouco antes da eleição presidencial de 2016.