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Advogada de organização que denunciou soldado de Israel é ameaçada

Advogada da Fundação Hind Rajab (HRF), que denunciou o soldado israelense de supostos crimes de guerra, está assustada com ataques

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Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images
Visão da destruição como resultado do ataque do exército israelense à cidade de Khan Younis, no sul de Gaza
1 de 1 Visão da destruição como resultado do ataque do exército israelense à cidade de Khan Younis, no sul de Gaza - Foto: Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images

A advogada da Fundação Hind Rajab (HRF), instituição que denunciou o soldado israelense de supostos crimes de guerra, está assustada com a série de ameaças na rede social dela. Desde que a notícia se espalhou, a mulher tem recebido ataques virtuais.

A profissional concedeu uma entrevista ao Metrópoles para explicar como foi o processo de denúncia do soldado Israelense. A instituição que ela representa atua internacionalmente denunciando crimes contra a humanidade, crimes de guerra e violações de direitos humanos praticados na Palestina.

No sábado (4/1), a Justiça Federal determinou que o soldado de Israel, que passava férias no Brasil, seja investigado pela Polícia Federal. O motivo são crimes de guerra que Yuval Vagdani, do 432º Batalhão das Brigadas Givati, teria cometido em Gaza durante a contraofensiva de Israel no território palestino.

“Decidiu apoiar terrorista e agora tá com medinho das consequências?”, afirmou um perfil no Instagram. Na mesma rede, outro foi além e a ameaçou: “Terroristazinha de merda. Vai receber o que merece”.

Outro perfil a ameaçou de agressão física dizendo que a ia “encher de porrada”.

O que o soldado israelense fez

Vagdani teria participado da demolição controlada de um quarteirão inteiro na região conhecida como corredor Netzarim, na Faixa de Gaza, em outubro de 2024, em uma ação fora de combate, o que é vetado pelas leis internacionais.

O soldado de Israel deixou o Brasil neste domingo (5/1), conforme informações da mídia estatal israelense. A família de Vagdani concedeu uma entrevista à emissora Kan, na qual informou que o homem deixou o Brasil horas após o caso vir à tona.

Vagdani teria sido avisado por Israel. Segundo o jornal Times of Israel, um amigo que viajava com o soldado teria recebido mensagem de uma representação diplomática de Israel informando sobre o caso.

A representação feita pela HRF para a investigação do soldado de Israel foi acatada pela juíza federal Raquel Soares Charelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, no plantão de 30 de dezembro.

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