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“Aceitamos a escolha do país”, diz Biden após eleição de Trump nos EUA

O presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu ainda que “teremos uma transição pacífica” na posse de Trump, prevista para 20 de janeiro de 2025

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Presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre os resultados da eleição de 2024 no Rose Garden, Washington, metropoles
1 de 1 Presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre os resultados da eleição de 2024 no Rose Garden, Washington, metropoles - Foto: Andrew Harnik/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira (7/11), fez o primeiro discurso após a vitória do republicano Donald Trump contra a democrata Kamala Harris. Trump foi eleito presidente do país na madrugada dessa quarta-feira (6/11).

Biden afirmou que os Estados Unidos são um país democrático e que a transição entre a administração Biden-Harris para Trump-Vance será pacífica. A posse de Trump ocorrerá em 20 de janeiro de 2025.

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Ex-presidente Donald Trump foi alvo de ataque armado
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"Trump é o único a preservar a democracia", diz Musk em comício

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O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários durante o debate presidencial das eleições de 2024

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“Por 200 anos, os Estados Unidos tiveram o maior experimento de governo da história do mundo. Nós votamos e escolhemos nossos líderes de forma pacífica. Em uma democracia, a vontade do povo sempre prevalece”, destacou Biden.

O presidente contou: “Ontem [quarta-feira, 6/11], eu falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória. Eu também garanti a ele que todo o meu governo está disponível para realizar uma transição de governo pacífica e em ordem”.

“As lutas pela alma da América, desde sua fundação até hoje, sempre foram fonte de debates. Os resultados das eleições são a vitória de um e a derrota de outro. Nós aceitamos a escolha que o país fez. Você não pode amar seu país apenas quando você ganha, você não pode amar o seu vizinho apenas quando ele concorda com você. Não importa em quem você vota, nós precisamos buscar nossos adversários como americanos, compatriotas”, ressaltou Biden.

Joe Biden também conversou com a candidata derrotada na corrida presidencial Kamala Harris e destacou a admiração pela vice-presidente.

“Ela tem sido uma parceira e uma servidora pública admirável. Ela fez uma campanha inspiradora para todos, trazendo algo que eu respeito muito: caráter. Ela tem um grande caráter, trouxe todo o seu coração e todo o esforço com sua equipe, e fez um trabalho que tantos nos orgulha”, celebrou Biden.

O presidente dos EUA reforçou que “o sistema eleitoral norte-americano é justo, transparente e pode ser confiado, porque isso restaura o respeito por todos aqueles que trabalharam e se arriscaram nesta eleição”.

Segundo Biden, o “dever de presidente é honrar a Constituição. Em 20 de janeiro, nós teremos uma transição de poder pacífica”. “Temos 74 dias para terminar nosso mandato e vamos fazer com que cada dia valha a pena. Temos responsabilidade com o povo”

O presidente concluiu o discurso, afirmando que os democratas não podem se abalar com a derrota.

“Nós sofremos uma derrota, mas temos caráter para nos levantar muito rápido. Lembrem-se: uma derrota não significa que estamos derrotados. Nós perdemos essa batalha, não a guerra. Os EUA dos seus sonhos pedem que vocês sempre se levantem, essa é a história dos EUA há 240 anos”, concluiu Joe Biden.

Invasão ao Capitólio

Tanto Biden quanto Kamala, em discurso nesta quarta-feira (6/11), reforçaram aos democratas a importância de aceitar o resultado das eleições. As falas se inserem no contexto da invasão ao Capitólio ocorrida após a disputa eleitoral de 2020 entre o presidente e Donald Trump.

Em 6 de janeiro de 2021, o Capitólio, em Washington, foi invadido por apoiadores do ex-presidente Trump. Os invasores alegavam não aceitar o resultado da eleição que colocou Biden na Casa Branca.

A invasão do Congresso dos EUA provocou a morte de dois manifestantes e três policiais, além de ter deixado 140 feridos. O prejuízo, segundo estimativas de outubro de 2022, ultrapassa R$ 15,2 milhões. O montante engloba danos no edifício e nos terrenos do Capitólio, entre outros.

Neste ano, o Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou que o Serviço Secreto terá um esquema de proteção ao prédio em 6 de janeiro de 2025. Nesta data, serão feitas a contagem e certificação dos votos eleitorais em Washington.

Esta será a primeira vez que esse tipo de segurança especial é concedido para esse evento, em resposta a uma solicitação feita pelo prefeitura de Washington.

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