“A gente não está dormindo”, diz atleta brasileira em Israel
A atleta Beatriz Palmieri está em Israel e faz parte de um grupo de 10 atletas do vôlei que tenta retornar ao Brasil
atualizado
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A jogadora de vôlei brasileira Beatriz Palmieri lida com o medo constante diante do ataque armado do Hamas contra Israel, desde o último sábado (7/10). “A gente está meio que em choque”, descreve. Ela faz parte de um grupo de 10 atletas do esporte que tentam voltar ao Brasil.
“Psicologicamente, nós estamos muito abalados. Estamos nos comunicando com a família, mas não sabemos o que falar porque não temos certeza de nada”, lamentou a atleta ao Metrópoles.
Beatriz está em Hod Hasharon, cidade na região central do país que não chegou a ser atingida por bombas. Apesar de mais tranquila do que as cidades localizadas ao sul de Israel, há alertas de segurança recorrentes que levam os moradores a se abrigarem em bunckers. “A sirene já tocou aqui três vezes”, contou.
“A gente não está dormindo, porque, na hora que tenta cochilar, a gente fica com medo, apreensiva, nervosa. Está sempre em alerta”, revelou.
Além de Beatriz, compõem o grupo de atletas brasileiras do vôlei que tentam voltar o país Camila Caroline, Thayna Morais, Jéssika Soares, Camila Rodrigues, Daniela Pere, Ingrid Felix, Rupia Inck, Hellen Menezes e Mariana Dantas.
As jogadoras se inscreveram na lista do Itamaraty para repatriação e esperam ser chamadas para embarcarem em voos de volta ao Brasil. O primeiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) enviado para resgatar brasileiros em Israel decolou na noite do último domingo (8/10). Uma segunda aeronave seguiu rumo à Europa por volta das 16h30 desta segunda-feira (9/10).
Ataque-surpesa
A guerra entre Israel e o Hamas está no terceiro dia, apóso ataque surpresa na manhã do último sábado (7/10). Passaram as circular nas redes sociais imagens de terroristas armados invadindo Israel a partir da Faixa de Gaza, além de bombardeios com foguetes.
Diante da ofensiva do grupo, o governo de Israel declarou guerra contra o Hamas e anunciou que, nas últimas 48h, convocou cerca de 300 mil reservistas, um número recorde na história do país.
O número de mortos na guerra entre Hamas e Israel passa de 1,3 mil, e há expectativa de que a quantidade aumente. De acordo com Yoav Gallant, ministro da Defesa israelense, há um “cerco completo” a Gaza.