3º foragido do 8/1 é preso ao tentar fugir da Argentina para o Chile
Wellington Luiz Firmino, condenado a 17 anos de prisão, foi detido em Jujuy, na Argentina, quando tentava fugir para o Chile
atualizado
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O fugitivo Wellington Luiz Firmino, de 34 anos, foi capturado na província de Jujuy, no noroeste da Argentina, enquanto tentava fugir de moto para o Chile. Ele foi condenado a 17 anos de prisão no Brasil por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), e estava escondido no país vizinho.
Firmino foi detido no posto fronteiriço de Jama, na divisa com o Chile. A prisão ocorreu após ele ser identificado pela polícia argentina, que cumpre um mandado expedido pela Justiça local contra 61 brasileiros considerados foragidos no Brasil por envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado. A ordem de prisão foi emitida pelo juiz Daniel Rafecas, a pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil, conforme divulgado pela imprensa argentina.
Em vídeo publicado nas redes sociais na última segunda-feira (18/11), Firmino confirmou a detenção e comentou sobre sua tentativa de fuga, além de criticar as autoridades argentinas.
“Minha ideia era fugir, mas, com o nome na Interpol, na primeira passagem pela polícia eu fui preso. Com certeza sairei daqui em cárcere. Obrigado pelos seis meses de Argentina, mas vocês pisaram na bola”, declarou.
Firmino atribuiu as prisões recentes à visita do presidente Javier Milei ao Brasil para a reunião da Cúpula do G20, dizendo que os juízes argentinos aproveitaram o momento para prender os brasileiros envolvidos no 8 de janeiro. “Os juízes fizeram a festa e pediram nossa prisão. Estou agora na imigração esperando e, com certeza, sairei daqui em cárcere. Que Deus tenha piedade de mim e eu faça suportar cada dia que estiver preso”, completou.
Envolvimento no 8 de janeiro
Wellington Luiz Firmino participou diretamente da invasão aos Três Poderes em Brasília. Durante os atos, ele gravou um vídeo no topo da torre do Congresso Nacional. Pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, associação criminosa, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, foi condenado a 17 anos de prisão.
Prisões de brasileiros na Argentina
Desde junho, a Justiça argentina intensificou as ações contra brasileiros condenados pelos atos golpistas que fugiram para o país. A lista com os nomes dos foragidos foi repassada ao Itamaraty, que encaminhou as informações ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Firmino, outros dois brasileiros já haviam sido capturados na Argentina. Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos, foi preso na província de Buenos Aires. Ele foi condenado no Brasil a mais de 14 anos de prisão. Joelton Gusmão de Oliveira foi detido em La Plata. Ele está condenado a 17 anos de reclusão.