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Mais de um terço dos reféns ainda detidos pelo grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza estão mortos, de acordo com um levantamento do governo israelense divulgado nesta terça-feira (4/6). Israel lamentou ainda a informação, divulgada na véspera, da morte de outros quatro detidos.
Das cerca de 250 pessoas sequestradas no enclave palestino durante o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, várias dezenas foram libertadas graças a uma trégua concluída em novembro, enquanto outros foram resgatados – vivos ou mortos – pelas tropas israelenses.
Segundo Israel, 120 pessoas ainda estão sendo mantidas refém, 43 das quais foram declaradas mortas pelas autoridades israelenses com base em várias fontes, incluindo informações do serviço secreto, vídeos de câmera de vigilância ou análises médico-legais.
Autoridades israelenses disseram que o número de mortes pode ser maior.
O Hamas, que no início da guerra ameaçou executar prisioneiros em retaliação aos ataques aéreos israelenses, afirma que os bombardeios causaram a morte dos sequestrados.
Israel, que não excluiu a hipótese em certos casos, declarou que alguns dos corpos de cativos encontrados apresentavam sinais de execução.
Mais quatro reféns mortos
Na segunda-feira (3/6), o exército israelense anunciou a morte de quatro prisioneiros ainda nas mãos do Hamas.
Num comunicado, o exército afirmou que “informou as famílias de Chaïm Peri, Yoram Metzger, Amiram Cooper e Nadav Popplewell” da morte dos quatro cativos sequestrados durante o ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro e levados para a Faixa de Gaza. Os corpos ainda estão nas mãos do Hamas, acrescentou a mensagem.
“Acreditamos que os quatro foram mortos enquanto estavam juntos numa área de Khan Yunis (sul de Gaza), durante uma operação contra o Hamas”, disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do exército.
Amiram Cooper, 84, Yoram Metzger, 80, e Chaïm Peri, 80, eram do kibutz Nir Oz, onde foram sequestrados. Nadav Popplewell, um cidadão britânico-israelense, foi sequestrado no kibutz Nirim.
“Estou profundamente triste ao saber da morte de Nadav Popplewell. Com um novo acordo sobre a mesa, reiteramos o nosso pedido ao Hamas para libertar os prisioneiros”, disse o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, na rede social X.
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