Especial Natal: 25 de dezembro já era festa antes do nascimento de Cristo
Correspondente ao solstício de inverno no hemisfério norte, a data era celebrada como o caminho para a renovação desde os egípcios
atualizado
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Tudo é uma questão de simbologia, e de saber aproveitar o que já tem. Política, artes, religião, nada se inventa tudo se reinventa. Um viajante do tempo não ficaria surpreso se desembarcasse no mundo de hoje e se deparasse com as festas natalinas. Sempre houve. Se viesse de um passado de mais de dois mil anos, só teríamos que explicar a ele quem é Jesus Cristo.
A Biblia não dá indicação nenhuma nem do dia, do mês ou mesmo do ano de nascimento de seu profeta maior. Historiadores hoje, com outros textos da época, concordam em datar o primeiro grito do menino entre os anos 7 e 2… antes de JC! Ou seja, Jesus Cristo nasceu antes de Jesus Cristo.
Mas então por que 25 de dezembro? O império romano se converteu ao catolicismo somente no século IV, mas a data já era oficializada para celebrar o deus Sol vitorioso. E não há acaso. As festividades se devem ao solstício de inverno no hemisfério norte, ou seja o dia mais curto do ano. A partir de então, o sol recomeça a ganhar da noite, um ou dois minutos por dia, na sua luta anual. Que termina em junho, na fogueira (hoje associada à São João mas praticada também há milênios).
Egípcios já festejavam a data, lembrando o nascimento do filho de Isis, nórdicos reverenciavam seus deuses em 25 de dezembro, na verdade a grande inspiradora é a própria natureza, com seus ciclos de estações, de plantio e de colheita.
Mas voltamos à pergunta: por que os católicos escolheram 25 de dezembro, no início do inverno, e não uma outra data? Porque não criar um outro hábito, justamente para acabar com as tradições pagãs? E o que os evangélicos têm a ver com a árvore de Natal?
Tudo isso estará nesta segunda-feira (21/12) nos Cabeças da Notícia da Rádio Metrópoles, entre 07H00 e 09H00, num primeiro episódio de um especial de Natal durante toda a semana. Em 104.1 FM em Brasília e região, e pelo aplicativo no mundo inteiro (incluindo Belém, não só o do Pará).