3 de novembro de 1957: uma vira-lata abre o caminho para Yuri
Pesava menos de 5 quilos, era de raça indefinida, e passou seus três primeiros anos na rua. Antes de atingir fama mundial. Não para seu bem
atualizado
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A história da “conquista” do espaço guarda semelhanças com a do “novo mundo” da virada do século XV. Os atores não eram os mesmos, mas a briga espanhóis x portugueses tinha sua versão moderna: americanos contra russo. Mais exatamente soviéticos.
A luta era claramente política. Liberais contra comunistas. Os dois países que saíram da Segunda Guerra Mundial como as únicas super potências travavam uma guerra em todas as frentes. Que, de fria, só tinha o nome.
Como a terra já estava bastante explorada, foram os soviéticos os primeiros a olhar de vez para o céu. Aquela bolinha branca não atraia somente o mar a cada 12 horas. Em Moscou, imaginava-se que uma bandeira vermelha com as letras CCCP cairia bem no “astro da noite”.
A lua é certamente a maior frustração dos russos. Fizeram tudo certinho, e sempre em primeiro, para um dia chegar lá. E não foram. Kennedy, a Nasa, os bilhões de dólares e Neil Armstrong ganharam a fama em 1969, combatida até hoje por sites na internet que usam os argumentos dos soviéticos à época para lançar dúvidas sobre o homem na lua.
A corrida ao espaço alcançou a televisão e sobretudo o rádio no início de outubro 1957, com o “biip” lançado pela primeira vez do espaço por Sputnik I. Empolgado, o líder da União Soviética prometeu para o aniversário de 40 anos da revolução, em 3 de novembro do mesmo ano, novo lançamento. Desta vez, com ser vivo a bordo.
O “ser vivo” foi uma cadela vira-lata doce e afável. Os Cabeças da Notícia da Rádio Metrópoles contam a história dela – que não se chamava Laïka – nesta terça-feira, entre 07H00 e 09H00. No DF e Entorno no 104.1 FM e no resto do mundo pelo aplicativo