29 outubro de 1956: começa a crise que deu a brasileiros o Nobel da Paz
O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, não engolia que o canal de Suez, em seu território, não lhe pertencia. Foi recuperá-lo.
atualizado
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O brasileiro no centro da foto se chama Fernando Vargas Neto. No peito, a primeira medalha a partir da esquerda, com fita azul com listra vermelha, é o Prêmio Nobel da Paz. E o ex-integrante das Forças da Paz da ONU não é o único brasileiro a poder ostentar a honraria: cerca de 6,5 mil outros também têm direito.
Como conseguiram? A história começou com um conflito iniciado oficialmente em 29 de outubro de 1956, no Canal de Suez, no Egito. No século XV, Vasco da Gama teve que contornar toda a África para encontrar o caminho da Ásia.
E todos os navegadores comerciantes seguiram a mesma perigosa e demorada rota. Até 1867, quando o primeiro navio percorreu os 164 km de cumprimento da passagem entre o Mar Vermelho e o Mediterrâneo.
Construído por operários egípcios (120 mil morreram de cólera durante os 10 anos da obra), pensado pelo francês Ferdinand de Lesseps (o mesmo que fez o canal do Panamá) e financiado por empréstimo inglês, o Canal de Suez não tardou a cair nas mãos dos ricos europeus.
Mas o dirigente nacionalista Nasser, em junho de 1956, decidiu retomar a propriedade e as operações da via marítima onde passam cerca de 50 navios por dia. Contrariamente ao hábito histórico de disputa entre eles, França e Grã Bretanha desta vez se puseram juntas. E com Israel, lançaram ataque ao Egito em 29 de outubro de 1956.
E o que o Nobel da Paz dos brasileiros têm a ver com isto? Descubra nos Cabeças da Notícia da Rádio Metrópoles nesta quinta-feira (29/10) entre 07H00 e 09H00. FM 104.1 no DF e no Entorno ou pelo aplicativo