26 de janeiro de 1972: como sobreviver a uma queda de 11 mil metros?
Após o avião no qual servia como aeromoça explodir em pleno voo, Vesna Vulovic entra no Guiness book e se torna heroína nacional
atualizado
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Passa um pouco das quatro da tarde neste 26 de janeiro de 1972 na pequena aldeia de Srbská Kamenice, no que então ainda é a Tchecoslováquia. Bruno Honke, pequeno agricultor que já foi médico na segunda guerra mondial, como os outros vizinhos, está intrigado com um barulho que acabou de ouvir.
O céu está nublado, mas não parece haver tempestade prevista. Segundos depois, vem a explicação: comecem a cair nos campos destroços de avião. Como é o caso quando se trata de uma bomba que explodiu em pleno voo, os pedaços, de vários tamanhos, se espalham num raio de centenas de metros.
E no meio de bagagens, peças da fuselagem e dos motores, poltronas, ele avista um carrinho de serviço de bordo. Quase que preso a ele, mais um corpo. É uma das aeromoças. Ela tem 22 anos, é loira, e o nome dela vai ficar famoso. Porque Bruno Honke não acredita no que está ouvindo: os gritos dela. Ou seja, Vesna Vulovic acaba de sobreviver a uma queda de mais de 11 mil metros.
Está muito machucada. Fraturou o crânio, as duas pernas e três vértebras quebradas, uma das quais foi completamente esmagada. Seus ferimentos resultaram em duas semanas de coma e paralisia temporária da parte abaixo da cintura, além de amnésia total desde a hora anterior à sua queda até um mês depois.
Vesna diz que nunca se lembrou destas momentos. Sua memória pula do momento onde cumprimenta os passageiros na entrada do avião em Copenhagen, até um mês após o acidente, no hospital, quando lhes mostram jornais relatando o ocorrido. Que a fizeram desmaiar de novo.
Mas ainda sobra a questão do título: como sobreviver a uma queda destas, e ainda mais à despressurização da cabina e ao frio intenso a 33 mil pés de altura? A explicação vem de um detalhe físico da moça, que ela tinha voluntariamente disfarçado quando foi contratado.
Quer saber qual? Os Cabeças da Notícia da Rádio Metrópoles contam a mais insana queda de ser humano nesta terça-feira (26/01), entre 07H00 e 09H00 em 104,1 FM em Brasília e região, e a qualquer altitude, longitude e latitude pelo aplicativo.