25 de janeiro de 1554: São Paulo nasce pobre e o ficou por muitos anos
Quem vê a atual pungência da capital econômica do Brasil pode não acreditar, mas São Paulo foi por muito tempo uma vila de periferia
atualizado
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A data é importante: 25 de janeiro, é dia de São Paulo no calendário hagiológico, o que festeja os santos. Comemora a conversão de Paulo de Tarso ao catolicismo. Por sinal, o apóstolo é tão presente na história da Igreja católica que está presente duas vezes: em 29 de junho lembra-se de seu martírio, junto com o de São Pedro.
Fosse na véspera ou no dia seguinte, São Paulo seria… São Francisco (de Sales) ou São Timóteo. E quando José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e dez outros padres jesuítas celebraram a primeira missa do colégio (um simples barracão) que fundavam numa colina alta entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, o essencial para eles não era escolher o nome mas proteger-se dos ataques repetidos dos índios nos vales ao redor.
Hoje santo, José de Anchieta costuma ser representado com idade madura, livro na mão, semblante sereno. Mas o co-fundador de Sampa, naquele dia, ainda era um jovem de 20 anos, recentemente chegado ao Brasil após estudar em Coimbra. Espanhol nascido nas ilhas Canárias, foi mandado evangelizador no “novo mundo” em razão de sua saúde frágil.
Tá, São Paulo é criada e logo vira a capital que é hoje? Nada disso. Durante dezenas de anos, o moro foi uma periferia no meio dos indígenas, se tornou cabeça de capitania 130 anos depois, e é somente em 1711 que pôde ser chamada oficialmente de cidade.
Logo depois, apareceu o ouro no interior, os Bandeirantes e em 1822, o famoso grito de Independência de Dom Pedro, que vão propulsar de vez a cidade da garoa nos locais importantes do continente. Nesta segunda-feira (25/01), os Cabeças da Notícia da Radio Metrópoles contam como a periferia virou a maior cidade do hemisfério sul, uma das maiores do mundo. Entre 07H00 e 09H00, em 104,1 FM em Brasília e região, e pelo aplicativo no mundo todo, em particular no cruzamento da Ipiranga com a São João.