21 de janeiro de 1976: Paris/Rio de Janeiro em pouco mais de 6 horas
Proibido de sobrevoar o território americano, Concorde da Air France faz seu primeiro voo comercial até a Cidade Maravilhosa
atualizado
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“Senhoras e senhores, Concorde iniciou sua descida para o aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. Queiram voltar a seus assentos e afivelar seus cintos”. Não dava para ver nada pela pequena janela, mas os pouco mais de 100 passageiros do primeiro voo comercial do avião supersônico da Air France, há exatos 45 anos, ainda estavam sobrevoando a Bahia!
É que nada se compara às performances do avião que marcou os anos 80/90. Voava a Mach 2,5, ou seja duas vezes e meia a velocidade do som, era então três vezes mais rápido que as atuais aeronaves que vão à Europa. E para se ver livre do tráfego dos outros, também subia muito mais, até 60 mil pés. Por isso, a descida começava em Salvador.
Enquanto os voos atuais para a Europa ainda ultrapassam 10 horas e meia, Concorde veio em pouco mais de 6. E ainda contando com a escala em Dakar, no Senegal. Era precisa reabastecer: para a viagem, consumiu uma tonelada de combustível… por cada um dos seus 105 passageiros!
É obvio que tudo era exclusivo a bordo. Champanhe, menu dos grandes chefes parisienses, distribuição de charutos, era precisa mimar os privilegiados que não se importavam em pagar cerca de US$ 10 mil por trecho. E olhe que o conforto a bordo não era prioridade: poltronas estreitas, quase sem poder reclinar. A velocidade compensava.
Concorde teve um fim trágico, marcado por um acidente em 2000 e pelo aumento dos custos que o deixaram inviável. Mas ficou no imaginário popular, e nele nunca será superado. Nesta quinta-feira (21/1), os Cabeças da Notícia da Radio Metrópoles comemoram a primeira viagem oficial de Concorde, entre 07H00 e 09H00, mas não só: também vão dizer quando e por que Concorde esteve… Brasília!