20 de novembro de 1695: morre Francisco, que conhecia latim e era Zumbi
O Quilombo de Palmares era uma das maiores cidades do Brasil, rivalizando em habitantes com o Rio de Janeiro do século XVII
atualizado
Compartilhar notícia
Zumbi dos Palmares, como toda figura histórica e essencial para a construção de uma narrativa nacional, é muito mais representativo por sua força e o que deixou de legado à história que por sua vida real. Certamente há fatos que podem destoar da lenda construída nos últimos anos de um incansável lutador contra a escravidão como sistema, o que ele não era.
E também há relatos que comprovam que sob sua direção, o quilombo de Palmares se tornou uma comunidade importante. E demais para as autoridades portuguesas que não podiam deixar crescer um conjunto de aglomerações que chegou a abrigar 20 mil pessoas por vota de 1670. Ora, o Rio de Janeiro não passava de 7 mil moradores.
Nascido livre mas escravizado aos 6 anos, batizado Francisco, chegou a servir à missa. Conhecia o latim. Foi quando não aceitou um acordo feito pelo líder do quilombo, que já existia, que se tornou o guerreiro Zumbi.
O Dia da Consciência Negra precisava de um símbolo para ser determinado, podia ter sido outro que o da morte e decapitação do comandante do maior quilombola do Brasil. Afinal, Francisco/Zumbi, brasileiro e negro, construiu em todos seus 40 anos de vida a história de seu País.
Os Cabeças da Notícia da Radio Metrópoles te convidam a reviver os tempos áureos do quilombo de Palmares, nesta sexta-feira (20/11) em 104.1 FM em Brasília e região, e para todo o mundo (incluído União dos Palmares-AL) pelo aplicativo