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19 de janeiro de 1915: liquidificar o ar dá à luz… à nova luz!

A luz neon não foi invento, foi consequência. O intuito de Georges Claude era liquidificar o ar. Conseguiu. E sobraram gases…

atualizado

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Reprodução Brasilturis
Las Vegas
1 de 1 Las Vegas - Foto: Reprodução Brasilturis

É assim desde Thomas Edison: um filamento dentro de um bulbo de vidro sem ar. Com a corrente elétrica, o filamento esquenta, mas sem queimar porque não há oxigênio. Quebrou o bulbo? O filamento se consome e vira fumaça. Simples e muito prático. Mudou o mundo.

E quando o químico francês Claude Georges, na virada do século retrasado, trabalha até tarde em seu laboratório de Paris, ele certamente acende a luz e, como todo mundo, se queixa do desperdício de energia que lâmpada produz sob forma de calor. Mas ele não está nem aí. Seu intuito é deixar a ar líquido.

Vai conseguir, fundar uma companhia que ainda é a maior do seguimento, Air Liquide, e de quebra se tornar multimilionário. Mas enquanto ele estava experimentando, notou que no processo havia pequenos resíduos de gases. Mais que todo mundo, ele sabia que nosso ar é composto de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de gás carbônico.

Mas ainda há um tiquinho (0,03%) de outras gases, chamados raros ou nobres: argônio, criptônio, hélio, neônio, radônio e xenônio. E não é que quando queimava, o neônio produzia uma bonita luz vermelha alaranjada? O princípio então era fácil: encher um tubo com neônio, provocar corrente elétrica entre as duas pontas e ver o gás iluminar.

Foram ainda vários anos para equilibrar as reações químicas e elétricas. O segredo ficava no eletrodos e pequenos reatores que ficam controlando o processo. Mas em 1910, estava pronto o primeiro tubo neon, a luz fria. Foi apresentado em Paris… sem grande sucesso. Caro, muito sensível à estabilidade da corrente elétrica: uma bugiganga.

Então Georges levou a novidade à terra de Edison. E em 19 de janeiro de 1915, registrava nos Estado Unidos a patente do neon. Ainda foram vários anos até conseguir clientes, o primeiro sendo um revendedor da marca de carros de luxo Packard, em 1923 ou 1924, que pagou US$ 24 mil (um fortuna à época) para este luminoso:

Neon Packard
Primeiro luminoso neon

Ficaram surgindo ainda como novidade nos anos 30, mas é realmente após a segunda guerra que a luz marcou a publicidade, iluminando as cidades com todas as cores. Alias, como se fazem as outras cores, já que o neon é vermelho? E a luz negra? Os Cabeças da Notícia da Radio Metrópoles te contam a história do neon nesta terça-feira (19/01) entre 07H00 e 09H00 em 104.1 FM em Brasília e região, e pelo aplicativo na fabulous Las Vegas e no resto do mundo.

 

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