12 de novembro de 1912: Encontrado o perdedor que virou herói nacional
Robert Scott não tinha o espirito aventureiro. Liderou a expedição britânica ao polo sul por ambição, perdeu a vida mas conquistou a fama
atualizado
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Trapalhão, ambicioso, pouco flexível, a virada para o Século XXI tentou desmistificar a figura de Robert Falcon Scott, um dos britânicos mais celebrado na história das conquistas dos polos. É verdade que ele não conseguiu ser o primeiro homem no sul, mas sua morte na neve e seu diário descoberto em 12 de novembro de 1912 o tornaram um herói romântico maior que o norueguês bronco que o bateu na corrida.
Desde cedo, o oficial da Marinha Real britânica teve que cuidar de seus irmãos e sobretudo de suas irmãs solteiras. Seu pai faliu e morreu cedo, e o magro salário de Robert devia servir para encher o prato dos meninos e tentar formar um dote para as meninas.
Foi num encontro casual com um amigo que ficou sabendo da primeira expedição britânica ao polo sul, no inicinho dos anos 1900. Foram meses de trabalho, com pegada científica, e um retorno triunfal, com direito a condecoração do rei, festejos e ascensão social, e até casamento com um rica, bela e cobiçada jovem da sociedade.
Então quando a fama começou a baixar, ele não pensou duas vezes: ao sul voltarei e o polo hei de conquistar. Mas não se pode improvisar nas duríssimas condições do clima. Quis inovar com trenos motorizados e pôneis por falta de traquejo com os tradicionais cães. A escolha foi um erro que lhe custou o troféu virtual, e provavelmente a vida.
Nesta quinta-feira 12 de novembro de 2020, os Cabeças da Notícia da Radio Metrópoles contam o triste mas glorioso fim de Robert Scott, o segundo homem a pisar no polo sul. Entre 07H00 e 09H00 em 104.1 FM em Brasília e região, e pelo aplicativo no mundo inteiro. Até no polo sul.