Durante 17 dias, o Metrópoles acompanhou de perto a rotina do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Orlando, nos Estados Unidos. A temporada do político brasileiro em terras estrangeiras tem direito a sessões de autógrafos, passeios no mercado, confusão no condomínio e uma grave indigestão que o levou ao hospital. Nesta matéria especial, a reportagem revela hábitos, declarações racistas e mostra a reação do ex-mandatário diante de episódios históricos para o Brasil.
Antes de o ponteiro marcar 9h, uma pequena fila começa a se formar em frente à casa de número 200, localizada na esquina da rua Auburn do resort de luxo Encore Resort at Reunion, na cidade de Kissimmee, Flórida (EUA). O imóvel pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo e abriga, desde 30 de dezembro do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A casa, com capacidade de abrigar até cinco famílias, não tem muro e segue o padrão das residências americanas. São nove quartos decorados com personagens infantis, como minions, Moana e Mickey. Há, ainda, sala de cinema, ambiente de jogos, cozinha com mesa de 14 lugares, além de uma ilha com outros seis assentos, piscina com churrasqueira e uma garagem adaptada para jogos, com luz de led e cadeiras gamers com o tema Avatar.
Para preservar a privacidade da família Bolsonaro, foram colocados painéis de proteção na área da piscina, uma vez que o modelo do condomínio conta apenas com uma pequena cerca entre os lotes. O imóvel também foi inspecionado pela polícia dos Estados Unidos.
A estadia de Bolsonaro no país estrangeiro deve terminar até o fim deste mês. Na terça-feira (28/2), o governo Lula prorrogou, até 30 de março, o prazo concedido para três seguranças do ex-presidente permanecerem nos Estados Unidos. Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União, os agentes deverão acompanhar o ex-mandatário em “agenda internacional nas cidades de Deerfield Beach e Orlando, Flórida”.