Há seis décadas, um mistério ronda a construção da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima em Brasília. Antes de os famosos azulejos do Athos Bulcão serem instalados na obra arquitetônica de Oscar Niemeyer localizada na EQS 307/308, afrescos pintados por Alfredo Volpi adornavam as paredes internas do santuário.
Porém, a imagem de uma madona segurando o Menino Jesus, ladeada por formas geométricas que também lembram bandeirinhas, não agradou a Cúria Metropolitana de Brasília. Dois anos após a construção de Brasília, diante da insistência da comunidade católica, o mural foi coberto por camadas de cal e tinta azul.
A briga entre artistas e padres caiu no esquecimento dos brasilienses ao longo dos anos. Mas a confusão, que acabou com a destruição de uma das obras de arte mais importantes do país, deixou várias lacunas a serem respondidas por historiadores. Nesta reportagem multimídia, o Metrópoles reconta o passo a passo da tentativa de apagamento do Volpi na história de Brasília e mostra quais os mistérios ainda rondam o painel.