Máfia Italiana
Parceiros em dois dos negócios mais rentáveis do planeta – no caso, o tráfico de armas e de drogas –, o PCC e a máfia calabresa, conhecida como ‘Ndrangheta, são alvo de investigações intensas das autoridades brasileiras e europeias.
Dois dos integrantes da máfia italiana caminhavam tranquilamente durante o banho de sol na penitenciária federal. Até serem presos, Vincenzo Pasquino e Nicola Assisi ocuparam funções de destaque na organização criminosa internacional que movimenta, anualmente, cerca de 60 milhões de euros.
Vincenzo Pasquino foi preso por policiais federais em 24 de maio de 2021, no flat Ecco Summer, na praia de Tambaú, em João Pessoa, na Paraíba. Já Assisi foi detido por agentes federais em julho de 2019, na cobertura de um condomínio de luxo na Praia Grande, na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Ele era procurado pela Interpol desde 2014 por integrar a ‘Ndrangheta.
SANGUINÁRIA
Atualmente, o grupo mafioso deixou para trás outras famílias mais famosas, como Camorra e Cosa Nostra, e se tornou a mais forte e sanguinária organização criminosa na Itália.
Diferente de Cosa Nostra, a estrutura interna de cada clã da ‘Ndrangheta é baseada nos membros de um núcleo familiar ligados por laços de sangue, a ‘Ndrina.
É frequente a realização de casamentos entre os vários clãs, a fim de consolidar as relações entre as famílias da máfia. As uniões têm alto valor simbólico e também podem servir para consagrar o fim de uma briga.
A periculosidade da ‘Ndrangheta é baseada na força das armas e no enorme ganho decorrente do tráfico internacional de drogas. O lucro faz da ‘Ndrangheta uma das máfias mais ricas do mundo. Seu sucesso é explicado pela hábil política de lavagem de dinheiro.