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Um guia para conhecer e aproveitar melhor as feiras do DF

Visitamos 10 desses mercados para descobrir quais os melhores lugares para comprar produtos imprescindíveis na cozinha ou difíceis de ser encontrados

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
feiras de frutas
1 de 1 feiras de frutas - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Se um recém-chegado perguntar a um morador mais antigo de Brasília qual o melhor lugar para comprar peixe na cidade, tem 99% de chance de ouvir: “Feira do Guará”. Mas o novato ávido por produtos culinários de boa qualidade nem sempre terá respostas tão óbvias e imediatas. Afinal, cada uma das feiras que ocorrem semanalmente em todo o Distrito Federal guarda segredos só revelados a quem tem disposição de percorrê-las.

E elas são muitas. Somam 25, se consideradas somente as permanentes e as livres — não contando, portanto, as feirinhas de produtos orgânicos que se multiplicaram nos últimos anos. Em quase todas, quem chegar bem cedo poderá encontrar frutas, legumes e verduras frescos.

Os preços desses itens também variam. Quando o comerciante é o próprio produtor, eles tendem a sair mais em conta. Por R$ 1, dá para levar uma sacola com quatro beterrabas ou um pé de alface, por exemplo. Quando o feirante revende produtos adquiridos na Ceasa, o preço costuma ser um pouco mais alto — mas nada que se compare ao cobrado nos supermercados.

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Banca de farinha e feijão na Feira Central de Ceilândia
Galinhas caipiras na Feira do Bicalho, aos domingos, em Taguatinga
Balcão da Peixaria ueda, na Feira do Guará
Tempero Durães, na Feira Central de ceilândia: temperos, pimentas e ervas de todo tipo
Banca de pimentas na Feira do Núcleo Bandeirante
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Banca de frutas na Feira do Guará

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Banca de farinha e feijão na Feira Central de Ceilândia

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Galinhas caipiras na Feira do Bicalho, aos domingos, em Taguatinga

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Balcão da Peixaria ueda, na Feira do Guará

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Tempero Durães, na Feira Central de ceilândia: temperos, pimentas e ervas de todo tipo

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Banca de pimentas na Feira do Núcleo Bandeirante

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Banca de frutas na Feira de Planaltina,

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Feira de Águas Claras, que funciona aos domingos, só vale para quem mora perto

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O box 390, na Feira de Ceilândia, tem uma grande variedade de farinhas

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No que se refere ao tamanho da feira, porém, quanto maior, melhor. Aumenta a variedade de produtos e a chance de o consumidor se deparar com itens não encontrados facilmente em outros lugares. Quer comprar galinha, pato ou marreco vivo? Núcleo Bandeirante. Mudas das mais diversas ervas aromáticas e medicinais? Feira da Agricultura Familiar, na Ceasa. Feijão de todo tipo? Numa única banca da Feira Central de Ceilândia você encontra mais de 15 espécies.

Aliás, dificilmente se encontra em um só lugar a variedade de feijão e de farinha apresentada na banca 390 lá de Ceilândia. Não tem nome, “é a banca de cereais”, explica o feirante Bruno, de trás da fileiras de sacas onde aparecem grãos do feijão-manteiga, do roxo, do vermelhos, do preto, do branco, do rajado…. De outro lado, ficam as farinhas, igualmente variadas. Os preços variam de R$ 5 a R$ 8 o quilo. Algo parecido é encontrado na banca Chico da Farinha, na Feira de Planaltina.

Baseados em visitas a 10 desses centros de compras. apresentamos abaixo um guia para quem quer conhecer e aproveitar melhor as feiras do DF. Prepare, então, sua lista de compras, pegue duas ou três bolsas bem resistentes e boas compras.:

(1) As Baianas, no Guará, têm a melhor massa de tapioca
A boa qualidade da massa vendida na Banca das Baianas, na Feira do Guará, é unanimidade. Mas lá também é bom para comprar polvilho azedo e barquinhos de beiju (são ótimos para substituir o pão ao servir pastas e patês). Para quem procura um detalhe charmoso no café da manhã ou brunch, na Ceasa, a Barraca da Tapioca tem massa colorida — vermelha, de beterraba; amarela, de cenoura; e verde, de couve.

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(2) A Nilda, na Ceasa, tem uma grande variedade de mudas de ervas
Às segundas, quartas e sábados, Nilda (foto acima) sai bem cedo de Brazlândia e monta sua banca na Feira da Agricultura Familiar, na Ceasa. Ex-cozinheira, ela resolveu trocar o estresse da cozinha pelo plantio de ervas. Cultiva 60 espécies atualmente. Além das mais conhecidas, como alecrim, coentro e manjericão, tem até stévia. “A folhinha é doce feito açúcar”, ela diz.

(3) As galinhas caipiras do Bicalho são mais vistosas
As penosas são encontradas em todas as feiras, mas na Feira do Bicalho, nas manhãs de domingo em Taguatinga, elas parecem mais vistosas. No entanto, é preciso ficar atento: tem a rodia carijó e a carijó, que são semicaipiras, e a preço mais baixo. A caipira mesmo, de pele mais amarelada e ácida, não sai a menos de R$ 35 o quilo.

(4) … e podem ser encontradas em outras feiras de Taguá
Taguatinga tem pelo menos quatro feiras livres: a da QSB (atrás do Mercado Sul) ocorre às quartas; na quinta tem a da Avenida Comercial Norte; sábado é o dia da Vila Mathias e domingo da Praça do Bicalho. São basicamente os mesmos feirantes que fazem o circuito. Tem frutas, verduras, hortaliças, queijos, plantas, flores, raízes e até temperos com nomes de celebridades — Edu Guedes e Ana Maria. Se o freguês estiver se sentindo fraquinho pode recorrer até às misturas, como a Cura Tudo e a Taradão.

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(5) Em Ceilândia tem uma sessão só de melancia. Cada uma!
Na Feira Central de Ceilândia,.cinco bancas enfileiradas vendem exclusivamente melancia. São trazidas de Tocantins por uma empresa de distribuição, a Só Melancia, e vendidas a R$ 1 o quilo. “Cada uma dessas dá bem uns 15kg”, calcula o Galego da Galego das Melancias (foto acima). Imensas, as frutas, curiosamente, parecem ter todas o mesmo tamanho.

(6) Pimentas tem em todo canto
Outro produto encontrado fartamente nas feiras do DF são as pimentas, arrumadinhas dentro de garrafas ou in natura. Mas na Feira do Guará tem as bancas mais bonitas. Rei das Pimentas e Segredo do Campo ficam vizinhas uma da outra no corredor da Peixaria Ueda. Na de Ceilândia, recomenda-se a Tempero Durães. Além de pimentas, o box reserva um bom espaço para ervas medicinais. Avenca, aperta ruão, bardana, cainça, açoita-cavalo, artemísia são algumas delas. O atendente, Lucas garante que sabe a finalidade de cada uma.

(7) Em Planaltina, assista à missa e vá à feira
Para muitos em Planaltina, domingo é dia de celebração religiosa e de feira de frutas. Localizada próximo a uma igreja católica, a feira atrai fiéis e interessados em abastecer a despensa da semana. Aqui, nos 460 boxes, encontra-se de tudo: plantas medicinais, temperos, xaropes para as mais diversas enfermidades, hortaliças, frutas, queijos… A lista é extensa.

*Letícia Carvalho/Metrópóles*
*Letícia Carvalho/Metrópóles*

(8) Também em Planaltina, procure Castor das Castanhas
Em matéria de castanhas, a Feira de Planaltina tem um ótimo ponto. Castanha do Brasil, nozes, amêndoas, avelã e macadâmia são apenas alguns dos itens dispostos em vasilhas de vidro na Castor Castanhas. Se estiver procurando frutas, vá à Banca da Nice. Ela tem frutas sem caroço e muita variedade de uma mesma espécie. Há quase 30 anos, o box é famoso pela cordialidade dos funcionários.

(9) A feira de Águas Claras é ainda bem tímida
A chamada Feira de Águas Claras, aos sábados e domingos, é só um esboço se comparada às mais antigas do DF. Montada sob um enorme toldo, a feirinha, porém, tem o básico. Mas só vale para quem mora ali por perto. Além disso, os mesmos produtos encontrados na Feira do Bicalho (que ocorre no domingo em Taguá) aparecem lá pelo menos ⅓ mais caros.

(10) Quer queijo? Procure a Kátia lá no Bandeirante
Na Casa de Queijos Kátia (foto abaixo), na Feira do Núcleo Bandeirante, o cliente encontra ótima variedade de laticínios. O queijo, carro-chefe da banca, aparece nas mais diferentes versões: fresco, curado, provolone, de coalho, manteiga (conhecido também como requeijão), muçarela, trança, entre outros. Os queijos vêm de Patos de Minas e as prateleiras estão sempre abastecidas. O estande fornece também para restaurantes e padarias da cidade.

* Daniel Ferreira/Metrópoles *
* Daniel Ferreira/Metrópoles *

(11) Esta é para quem tem coragem de encarar um bode
Logo em frente à Casa de Queijos Kátia, o M M Carnes é um ponto certeiro àqueles que buscam por carne de cabrito, carneiro ou bode. O açougue vende as peças por R$ 25 o quilo. O  pernil sai por R$ 28, o quilo. As carnes podem ser encontradas diariamente, sem ser necessário fazer encomenda.

(12) O Bandeirante também é lugar de comprar pato, marreco…
Um dos aspectos que torna a Feira do Núcleo Bandeirante tão única é a venda de aves vivas e abatidas. No fim de um corredor estão dezenas de gaiolas das bancas da Ilsenira e Divina. Ali, pode-se encontrar galinha caipira, leitão, peru, marreco, pombo, pato, entre outras aves.

(13) A feira do Cruzeiro sofre com a concorrência:
A Feira do Cruzeiro sofre com a concorrência do supermercado Veneza, ali do lado, e da proximidade da Ceasa. Mesmo assim, lá ainda pode ser uma boa opção para compra de frutas e verduras. No Sacolão da Família, o cliente faz o matulão de verduras e legumes variados e paga R$ 2,99. Mas cebola a R$ 5,99?! Está caro. Na Feira do Produtor, em Vicente Pires, compra-se até cinco cebolas grandes por R$ 2.

* Daniel Ferreira/Metrópoles *
* Daniel Ferreira/Metrópoles *

(14) A Feira do Produtor tem bons produtos e lanchinhos imperdíveis
A Feira do Produtor, em Vicente Pires, tem produtos de boa qualidade e variados, mas para conseguir um bom preço tem que pesquisar e pechincar — é regra nas feiras, claro. Com sorte pode-se até encontrar tomate italiano por R$ 1,50 o quilo. Mas bom mesmo é ir lá para provar o pão de queijo com linguiça picante ou com pernil, da Banca do Mineirinho, ou a pamonha frita da Produtos do Milho.

(15) Peixe? Todo mundo sabe onde encontrar
Essa todo mundo sabe: as peixarias Ueda e do Guará ficam ao lado uma da outra, na Feira do Guará, formando o lugar mais adequado para se comprar peixes e frutos do mar tão frescos quanto é possível conseguí-los aqui, longe do oceano. “Estamos aqui há 46 anos, né?”, diz orgulhosa Haruko Ueda, a proprietária da peixaria que fornece o produto a muitos restaurantes da capital.

(16) Ceasa é imbatível em frutas e verduras, mas também tem conservas
Com duas lojas em Goiânia e uma em Anápolis, o Império do Sabor instalou-se recentemente na Ceasa de Brasília. A lojinha é ótima para comprar conservas e produtos congelados de fabricantes goianos. As conservas da marca Imperador, por exemplo, têm um preço atrativo. Outro ponto bem sortido nesse quesito, também na Ceasa, é a Casa de Doces e Queijos Brasília, que tem filial mais compacta na Feira do Guará.

(17) Em Brazlândia, o quente é a feira da Vila São José
O dia quente da Feira Permanente de Brazlândia,a área central da cidade, é o domingo. Ou deveria ser. A feirinha é bem minguada — embore dê para comprar muita coisa boa a R$ 1. O vendedor de temperos Tiririca (“pode chamar Tiririca porque é assim que todo mundo conhece”) explica: é que quente mesmo é a feira do bairro Vila São José, às quintas e aos sábados. “Lá eu tiro num dia o que em três aqui”.

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