Oito coisas que você precisa saber sobre o azeite antes de consumi-lo
Com produção cada vez maior no no Brasil, o óleo de azeitona reserva curiosidades tão interessantes quanto a cerveja e o vinho
atualizado
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O azeite faz parte da dieta da maioria dos brasileiros. De sabor agradável e cheio de benefícios para a saúde, o óleo vindo das azeitonas possui muitas particularidades. Atualmente, a produção dele no Brasil tem ganhado força, graças às temperaturas favoráveis para o cultivo de oliveiras nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Ainda assim, poucos brasileiros entendem o que está por trás dos quilos e mais quilos de azeitonas prensadas apenas uma vez ao ano. Nélio Weiss, produtor de oliveiras e criador da marca Olibi (que produz azeite de oliva extravirgem e azeitonas em conserva), lista oito fatos curiosos sobre o assunto.
1. Quanto mais novo, melhor
Ao contrário do vinho, o trunfo do óleo da azeitona é seu frescor. Quanto mais jovem, melhor. Um bom azeite extravirgem pode ser conservado por até 24 meses a partir da extração, desde que a garrafa fique em ambiente escuro e longe de temperaturas muito quentes ou frias. Depois de aberto, é bom consumir em até três meses. Isso também ajuda a preservar os polifenóis, de ação antioxidante.
2. Atenção para o rótulo
Como é bem disseminada a informação que azeite extravirgem de baixa acidez é bom, a maioria dos consumidores opta pelo que apresenta o menor percentual na embalagem. Mas essa informação não é tudo. A data de colheita ou de envase recente pode garantir mais frescor. Azeite de oliva extravirgem escrito no rótulo atesta um óleo feito 100% de azeitonas e com acidez inferior a 10,8%. Opções com menos de 0,5% são ainda melhores.
3. Azeitona é azeitona, independentemente da cor
Tanto a azeitona verde como a preta podem produzir bons azeites. Diferentemente do que muitos acreditam, não existe um tipo de azeitona verde e outro preto. A cor não tem relação com a variedade do fruto, mas, sim, com a fase de maturação da azeitona. Todas nascem verdes e vão mudando de tonalidade à medida que amadurecem: primeiro verde, depois roxa e, por último, preta. Pouco tempo depois de atingirem o tom mais escuro, elas caem da árvore.
4. O Brasil já produziu azeite nos tempos de Colônia
Registros históricos mostram que a cultura da oliveira era próspera na época colonial do Brasil, com várias unidades de pequenos olivais. Até que a notícia chegou aos ouvidos da Corte Portuguesa. Sem querer enfrentar uma possível concorrência da colônia brasileira, a família real decretou que todas as árvores fossem cortadas – e ainda espalhou boatos sobre a infertilidade das terras brasileiras para as oliveiras.
5. É preciso muita azeitona para pouco azeite
Para produzir 1 litro de azeite de oliva extravirgem artesanal é necessário “prensar” entre 7kg e 10kg de azeitonas in natura. Como uma oliveira de 10 anos costuma produzir em média 20 quilos, cada árvore rende de 2 a 3 litros por ano. No Brasil, a colheita acontece apenas entre os meses de fevereiro e março.
6. Gregos são os campeões de consumo
A Grécia representa o maior mercado consumidor de azeite de oliva do mundo. Cada grego consome em média 18 litros por ano. Os italianos ficam em segundo lugar no ranking, consumindo cerca de 13 litros por ano per capita, seguidos pelos espanhóis e pelos portugueses. Já os brasileiros consomem apenas 400 ml por ano.
7. Oliveiras seguem produtivas por 100 anos
Depois de plantada, regada e cuidada, uma oliveira entra no ritmo de produção entre o quinto e o 10º ano de idade. A produção de azeitonas começa a declinar apenas a partir dos 100 anos, mas a qualidade do azeite é mantida ao longo de todo esse período. Mesmo com poucos frutos depois do primeiro século, as árvores são milenares. Em cidades da Grécia e em algumas regiões do Oriente Médio, por exemplo, é possível encontrar oliveiras com 3 mil anos de idade.
8. Procure pelo extravirgem
Se o critério for qualidade, é fundamental abandonar qualquer azeite de oliva que não seja do tipo extravirgem. No entanto, pesquisas mostram que muitos azeites vendidos como extravirgem não estão, na verdade, enquadrados no padrão seletivo da categoria. Levantamentos da ONG Proteste, que age em defesa do consumidor, apontam marcas que venderam azeite fraudado e foram reprovadas no teste de qualidade.
* Fonte: Olibi