Defensores públicos repudiam “comemoração” do golpe militar de 64
A exemplo da Procuradoria dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, a Associação dos Defensores Públicos Federais (Anadef) divulgou nota nesta terça-feira (26/3) em repúdio à recomendação do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), para atos em comemoração aos 55 anos do golpe militar, no próximo dia 31 de março. “Para os defensores públicos […]
atualizado
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A exemplo da Procuradoria dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, a Associação dos Defensores Públicos Federais (Anadef) divulgou nota nesta terça-feira (26/3) em repúdio à recomendação do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), para atos em comemoração aos 55 anos do golpe militar, no próximo dia 31 de março.
“Para os defensores públicos federais, que atuam na garantia dos direitos humanos, a decisão do governo é um estimulo grave ao ódio e à tortura”, diz trecho do texto. Segundo a categoria, “celebrar a data é ignorar a dor de dezenas de brasileiros, é retroceder aos direitos conquistados sob a morte daqueles que lutaram por um país livre, entre eles índios, sindicalistas e líderes rurais e religiosos, desaparecidos e assassinados durante o triste período da ditadura militar.”
A Anadef destaca seu apreço e respeito às Forças Armadas, mas “considera que o golpe de 64 representou uma violação profunda do Estado Democrático de Direito, inaugurando um período em que a tortura, a violência e a perseguição política foram institucionalizados no Brasil.”