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Quando irmãos brigam, às vezes, a melhor solução é atacar de Salomão

Não sou personagem da Bíblia, estou a anos-luz de ter a dita sabedoria divina, mas, cada vez mais tenho me inspirado nesse tipo de solução

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1 de 1 IMG_5290 - Foto: Arquivo Pessoal

Diz a Bíblia, no Antigo Testamento, que o Rei Salomão, certo dia, recebeu duas mulheres que reclamavam a maternidade de um mesmo bebê. Depois de ouvir a história de ambas, Salomão pediu uma espada para cortar a criança ao meio. Com uma parte para cada mãe, estaria resolvida a contenda.

Ao ouvir tal proposta de solução, a verdadeira mãe renunciou a maternidade para que o filho permanecesse vivo, ainda que nos braços da outra. Com isso, Salomão descobriu qual das duas falara a verdade e sagrou-se como um sábio rei, iluminado pela justiça divina.

Eu não sou Salomão, estou a anos-luz de ter a dita sabedoria divina, mas, cada vez mais tenho me inspirado em soluções salomônicas para resolver as brigas aqui de casa – ainda que pareça um tanto ditatorial.

Do tipo:

– Sossô, vai pra lá, deixa eu colocar a minha pista na banheira.
– Nãããão!
– Ah, manhê! Ele não quer deixar eu brincar com a minha pista…
– Miguel e Solano, acho bom vocês se entenderem! Se eu for aí, não vai ter pista nem banheira pra mais ninguém!

Não, não é o mais indicado pedagogicamente falando. Tampouco é sábio – parece mais um sintoma da completa falta de paciência.

Esta coluna já trouxe estratégias para lidar com brigas entre irmãos. Conversar e deixar que eles próprios encontrem soluções para os conflitos são recomendações preciosas.

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Nesse caminho, o difícil, a meu ver, é não fazer o mais novo destruir a brincadeira do mais velho. E a gente fica meio divida mesmo: por um lado, queremos que eles brinquem juntos, por outro, deve ser um saco para o mais velho aguentar o pequeno bagunçando tudo o tempo todo. Sem falar que nunca dá para saber quem começou a provocação.

Eu tento negociar, explicar, uma, duas, três vezes. Mas, sem sucesso e sem inspiração divina, o jeito é apelar. Arrancar os dois da banheira, aguentar o choro e o estresse e imaginar que os vizinhos queiram chamar o Conselho Tutelar.

A parte boa é que o drama costuma durar pouco, uns três minutos, talvez. Eles, rapidinho, dão um jeito de se entender.

Às vezes, a melhor solução é dar uma de Salomão e atacar o problema pela raiz.

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