Filhos, para o nosso pequeno mundo, 2016 foi um ano bom pra caramba

Queridos filhos,

Dizem que 2016 foi ruim. Cheio de coisas esquisitas, revezes inesperados e um monte de outras situações tristemente esperadas e, ainda assim, inacreditáveis. Se a gente olhar para os detalhes, porém, para o nosso pequeno mundo, foi um ano bom pra caramba!

Para começar, você, Solano, chegou. Sempre que eu lembro como o seu nascimento foi poderoso, meus olhos se enchem de lágrimas. Sempre que eu me sinto frágil e com medo de não dar conta, eu lembro daquele momento, nós dois juntos no banheiro, sua avó que virou parteira, a força da vida me mostrando o quanto somos capazes.

Como consequência de Solano, em 2016, você, Miguel, virou irmão mais velho. Meio na marra, é verdade, mas se saindo muito bem. Hoje, quando você arranca os brinquedos da mão do seu irmão e grita “é meu!”, eu respiro fundo, lhe digo para tentar ser gentil e lembro o quanto você ainda está aprendendo.

Por falar em aprendizado, o meu também foi/está sendo gigantesco. Posso dizer que hoje estou mais tolerante, mais prática e menos dramática. Difícil me desesperar realmente com alguma coisa relacionada à criação de vocês.

Ok, sendo bem sincera, me desespero um pouquinho todas as noites, quando vocês insistem em não dormir – especialmente você, Solano. Sua sorte, filho, é que você é fofo, porque se não fosse, eu já teria enlouquecido.

Filhos, no futuro, quando vocês forem ler sobre os acontecimentos de 2016, vão se deparar com informações chocantes. Lembrem, contudo, que nesse ano nos tornamos uma família completa. (O pai de vocês ainda quer aumenta-la. Eu, para dizer bem a verdade, não tenho tanta certeza disso. Mas quem sabe o que nos reserva o futuro, não é mesmo?).

Um feliz 2017!