metropoles.com

Enfim, meus filhos se reconheceram como irmãos

Para minha felicidade, a adaptação foi muito menos dramática do que eu imaginava, embora lenta e com momentos difíceis

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arquivo Pessoal
Solano e Miguel Carol Vicentin
1 de 1 Solano e Miguel Carol Vicentin - Foto: Arquivo Pessoal

Quando eu estava grávida do Solano, meu segundo filho, a coisa que mais temia era a reação do mais velho à chegada do irmão. Na minha pessimista previsão, imaginava Miguel agressivo, querendo bater no bebê, afogá-lo ou coisa parecida. Para minha felicidade, a adaptação foi muito menos dramática do que eu imaginava, embora lenta e com momentos difíceis. Hoje, passado quase um ano da chegada de Solano, posso dizer que sobrevivemos!

O começo foi relativamente tranquilo, porque meu marido passou quase 40 dias conosco, em casa. Eu e ele conseguíamos nos dividir para manter algumas rotinas do Miguel – idas ao parquinho ao à quadra, só com ele. O bicho pegou mesmo quando acabaram as férias do meu companheiro. Meu filho mais velho começou a entender que aquela criaturinha sem graça, que só ficava parada chorando, mamando ou e/ou fazendo cocô estava ali para dividir a atenção.

O ápice da crise foi quando Solano passou a fazer as refeições conosco, à mesa. Miguel ficou revoltadíssimo, como quem diz “não bastasse ele estar em todo lugar, vou ter que dividir a hora do almoço também?

Arquivo PessoalMas aí, depois disso, começou a rolar uma coisa interessante: meus filhos passaram a se conhecer enquanto irmãos. Miguel descobriu que podia fazer o pequeno dar risada com gracinhas; e Solano, por sua vez, que podia ir atrás do irmão para tudo quando é canto. Nasceu ali, espero eu, uma amizade para a vida toda.

Hoje, eu fico absolutamente encantada ao vê-los interagindo. Quando um decide correr atrás do outro pelo apartamento, ambos gargalhando, é uma alegria só. E Miguel assumiu de vez o papel de irmão mais velho: já sabe de alguns perigos e tenta proteger/delatar o irmão. Dia desses, por exemplo, esqueci a porta aberta e, quando percebi, Miguel estava no corredor, segurando a cabeça do Solano para que ele não avançasse rumo à escada: “Mãe! Óia o Soano!”.

A sintonia anda em um crescente tão legal que eu vislumbro momentos em que eles se unirão contra mim e o pai deles. Miguel, aos 3, e Solano, às vésperas de completar 1, já formam uma gangue juvenil, disposta a acabar com a ordem e a autoridade. Problema para mim, mas, para eles, quanta felicidade.

Esses dias, alguém lembrou em um grupo de Whatsapp aquele ditado estúpido de que quem tem um filho não tem nenhum. Uma grande bobagem. Mas que ter dois é muito mais legal, isso é.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?