Dicas para escolher a “escola perfeita” para os filhos
Escolher uma instituição, especialmente para crianças em fase pré-escolar, pode ser uma tarefa exaustiva – e que exige cuidados
atualizado
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Tradicional, construtivista, natural, montessoriana,… quando a gente começa a procurar escola para as crianças – especialmente para as que têm menos de 5 anos –, um novo mundo de significados e possibilidades surge à frente. Se isso é fantástico para quem, como eu, pode se dar ao luxo de pagar por esse serviço, é também um pouco confuso e exige cuidados.
Basicamente porque, segundo especialistas, a principal fase para o amadurecimento do cérebro ocorre dos 0 aos 6 anos. “Em tese, a pré-escola deveria ser o lugar onde a criança receberia uma série de estímulos multissensoriais, para que as sinapses deixassem o cérebro mais plástico”, diz o professor Olimpo Carmona, que dá aula de Pedagogia na Universidade Católica de Brasília.O problema é que, segundo o professor, grande parte dos locais que recebem crianças se limita a trazer cuidadores e não educadores para a tarefa. “A grande questão é se os professores têm o conhecimento necessário para explorar ao máximo as potencialidades da criança”, comenta Carmona.
Além disso, algumas escolas vendem serviços baseados em pedagogias famosas sem que, de fato, estejam plenamente adaptados a essas pedagogias. “Já vi muitos lugares que oferecem o método montessoriano, por exemplo, mas que, na prática, de Montessori, só têm mesmo os materiais e a placa na porta”, diz Nathalia Campos, mestre em desenvolvimento humano que trabalha há nove anos com educação infantil.
Como, então, evitar cair em uma cilada? O professor Carmona recomenda que os pais busquem referências junto a outras famílias com crianças na instituição. Hoje, há uma série de grupos no Facebook que facilitam essa pesquisa. Um dos mais movimentados é A melhor escola – Brasília, que ironiza o fato de não existir nenhuma escola realmente com esse título.
Outra dica é elencar o que a família considera mais importante para a criança naquele momento: se é espaço ao ar livre, se são atividades artísticas, se é o estímulo à autonomia, se é uma rotina mais estruturada – tudo isso sem esquecer a proximidade da residência e o valor da mensalidade. A busca e a decisão podem demorar.
A artista plástica Pritama Morgado Brussolo, 34 anos, visitou nove escolas antes de escolher aquela na qual matriculou a filha, hoje com 2 anos e 4 meses. “Quando eu comecei a procurar, tinha uma ideia sobre o método Waldorf, que eu adoraria, mas depois percebi que ele não se encaixava no que eu estava procurando”, lembra. “No fundo, a coisa mais importante acaba sendo a simpatia que você sente pelo lugar e pelas pessoas que farão o trabalho.”
Como foi a experiência de vocês?