9 lições inspiradoras que aprendi com meus filhos
Como aprendemos nesta rica – difícil, desafiadora e cansativa – experiência da maternidade
atualizado
Compartilhar notícia
Acho que a coisa mais legal de ter filhos é a oportunidade de ver, de pertinho, um ser humano em formação. Como é rica – difícil, desafiadora e cansativa – essa experiência. E, como esta semana é dedicada às crianças, aqui vai uma lista das lições que aprendi com e sobre elas:
1. Crianças são absolutamente geniais
É sério! Diante de qualquer problema, elas darão um jeito de resolver. Certa vez, depois de meu filho mais velho atirar as pernas da cadeira de plástico pela janela e eu o alertar que ele não mais poderia sentar junto à mesinha devido ao que fez, ele acabou com a dificuldade ao usar um desses carrinhos de passeio infantil para sentar-se. Criança 1 x Adulto 0.
2. Elas percebem o estresse do ambiente (e o seu)
Tal como esponjas, crianças absorvem qualquer coisa que estiver à sua volta. Mesmo bebês recém-nascidos conseguem captar o nervosismo de pais e cuidadores. Depois de grandes, elas tentam intervir em situações de estresse, cada um à sua maneira. Lá em casa, por exemplo, se eu e meu marido discordamos de algo, o mais velho se põe a falar mais alto, tentando pôr fim à discussão.
3. São egocêntricas e demoram para saber o que é empatia
Eu, eu, eu, meu, meu, meu. Assim são os primeiros anos de meninos e meninas. Eles demoram um tempo para perceber que não mais estão grudados à mãe, e a descoberta da individualidade é marcada por profundo egocentrismo. Faz parte, é natural e não há nada de errado nisso. Cabe a nós, pais, ensinar, aos poucos, os limites do outro, o respeito ao outro.
4. A generosidade fala mais alto
Mesmo assim, é surpreendente como as crianças são capazes de ser generosas. Na minha experiência, sempre que eu tive dificuldades e me abri com meus filhos, recebi acolhimento e compreensão de volta. Esses dias, depois de dar uns gritos com eles, perguntei a Miguel se eu era muito brava. Ele me olhou como se eu estivesse dizendo um absurdo: “Não! Você é linda.”
5. São a personificação do “cuspe para cima”
Se você tem certeza absoluta sobre o modo como vai conduzir as coisas com as crianças, saiba que isso não vale nada. Não estou falando de valores, é claro, mas dos ideais que criamos. Birra no supermercado, doces em excesso, celular para acalmar. A lista de coisas que “nunca vai acontecer” é enorme e só demonstra como nossas premissas são como cuspir para cima e cair na nossa testa.
6. Elas preferem a simplicidade
Já ouviu falar que menos é mais? Com crianças, essa é a regra de ouro. Não importa o quanto você gaste com brinquedos – eletrônicos, sensitivos, educativos –, eles vão preferir a caixa (especialmente os pequenos). Também ficam confusos e excitados demais quando há muita oferta e precisam escolher algo. Lá em casa, sempre que possível, restrinjo as opções: você quer maçã ou banana? Deixando as outras frutas para mais tarde.
7. Se sujar é a melhor brincadeira
Laminha tem poder, esse é um dos meus lemas. Não tem nada que deixe meus filhos mais entretidos do que um pouco de areia com água. Eles fazem bolos, castelos, casas, imaginam o mundo no meio da lambança. Variações com tinta, terra, barro, argila e massinha de modelar também são possíveis.
8. São sempre lindas
Minha mãe falava isso para mim e para minha irmã, e eu não conseguia entender muito bem. Mas, depois que tive meus filhos, ficou óbvio. As crianças da gente são sempre lindas. Mesmo que estejam descabeladas, com bafinho, que se achem feias (na adolescência), para nós, serão sempre maravilhosas.
9. Crescem rápido
Clichê dos clichês, mas é a mais pura verdade. Quando estamos com um bebezinho que só chora nos braços – especialmente se for o primeiro filho –, as noites são longas e os dias se arrastam. Mas aí, de repente, eles começam a andar, a correr, a querer fazer as coisas sozinhos, a falar sem erros de pronúncia, e o nosso coração fica pequeno de saudade.
Que a gente possa aproveitar as nossas crianças!