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Votar em Rodrigo Maia ou no partido dele é coisa de masoquista

O DEM foi o cúmplice mais ativo na aprovação do Fundo Eleitoral no Congresso

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RODRIGO MAIA
1 de 1 RODRIGO MAIA - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Circula na internet um texto que é o retrato perfeito da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que temos hoje — e dos crimes, chamados de “leis”, que eles cometem ali contra você. Imagine, diz o texto, que sua filha, sua mulher ou sua mãe foi assaltada e o assaltante foi preso pela polícia. Ao chegar à delegacia para prestar seu depoimento no inquérito, você é informado que a vítima terá de pagar o advogado de defesa que o bandido escolheu para cuidar do seu caso.

Você, e qualquer outro cidadão do mundo, diria que ficou todo mundo louco — quem sofreu o crime não pode, em nenhum caso, dar dinheiro do seu bolso para ajudar o criminoso a escapar da punição pelo crime que cometeu. Mas é exatamente isso que os políticos acabam de fazer no Brasil. Nada mais simples de entender.

O Congresso, como se sabe, aprovou uma monstruosidade que obriga o contribuinte brasileiro a pagar com os seus impostos uma escroqueria chamada Fundo Eleitoral — cerca de R$ 2 bilhões para os políticos gastarem nas eleições municipais de 2020, em nome da “igualdade de recursos para todos”.

Já seria uma aberração se fosse só isso, mas é muito pior. Na prática, os políticos terão o direito, aprovado em lei, de meter a mão nesse dinheiro do jeito que bem entenderem, para gastar no que quiserem — inclusive no pagamento de advogados para se defender dos crimes que praticarem. Ou, mais exatamente: que vão praticar, com certeza, agora que tem uma lei escrita para proteger a si próprios.

Esse assalto à mão desarmada é obra, principalmente, dos deputados do PT, que andam desesperados atrás de dinheiro do erário — agora que estão fora do governo e não podem mais roubar como roubavam.

Mas não se iluda: a culpa de jeito nenhum pode ficar só com eles, pois tiveram o apoio em peso dos deputados e senadores da maioria dos outros partidos para aprovar essa infâmia. O DEM, guiado passo a passo pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), foi seu cúmplice mais ativo.

Entende-se que um cidadão vote em Lula e no PT. Afinal, ou são militantes profissionais ou acreditam que Lula é um defensor dos pobres e um “inocente” perseguido por juízes maus — como se acredita no pastor que tira o diabo, à tapa, do corpo de um infeliz qualquer. Votar em gente como Rodrigo Maia e no seu partido, porém, é coisa de masoquista.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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