Represália por parte do Irã até agora foi a morte de 56 iranianos
O funeral do terrorista-chefe da ditadura que governa mostrou a vida como ela é nesse canto especialmente infeliz do mundo
atualizado
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O funeral do terrorista-chefe da ditadura que governa o Irã, morto outro dia num ataque das Forças Armadas dos Estados Unidos, mostrou, mais uma vez, a vida como ela é nesse canto especialmente infeliz do mundo.
Houve, como de hábito, gente demais na rua, atos de histeria sem controle no meio do povo e discursos de ódio e vingança no palanque das autoridades. Houve, também, desordem na multidão — e o resultado é que 56 pessoas morreram pisoteadas no tumulto, enquanto os chefões, naturalmente, escapavam sem um arranhão, cercados por seus seguranças, carros blindados e o resto do seu aparato. E o povão? O povão que vá para o diabo que o carregue.
Esse massacre, obviamente, foi recebido sem o mais remoto sinal de espanto, ou de simples compaixão, pelo noticiário mundial. Pobre iraniano, afinal, é isso mesmo — não existe, simplesmente, como ser humano, na cabeça dos observadores das altas questões de geopolítica da região.
Na favela de Paraisópolis, recentemente, nove pessoas morreram pisoteadas num tumulto após a intervenção da polícia em torno de um baile funk. Escândalo nacional durante 15 dias, com direito a lágrimas do governador do Estado de São Paulo, João Doria, e à indignação da militância dos direitos humanos.
Mas o Irã é o Irã. É um país do “campo anti-imperialista” — e, como tal, pequenas bobagens como a morte de 56 infelizes não podem ser comentadas de nenhuma maneira negativa. “Pode ajudar o Trump”, não é mesmo?
O fato é o seguinte: como sempre acontece nas tiranias muçulmanas, e de outras ordens, as vinganças dos tiranos matam, em primeiro lugar, os cidadãos dos seus próprios países. A mídia anuncia horríveis represálias por parte do Irã. De concreto, até agora, só houve a morte de 56 iranianos.
* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.