OAB tornou-se um grupo de militantes a favor do PT
Na melhor das hipóteses, virou um sindicato semi-legal e contaminado pelas piores práticas do sindicalismo brasileiro
atualizado
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, não poderia ser presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – não se a entidade que, no papel, representa os advogados brasileiros, fosse o que ela diz que é.
Mas a OAB não é o que diz. Na melhor das hipóteses, virou um sindicato semi-legal e contaminado pelas piores práticas do sindicalismo brasileiro. Na hipótese restante, que é a única que realmente existe na vida real, tornou-se um grupo de militantes políticos a serviço do PT.
Como a organização que tem a obrigação de representar os 800.000 advogados brasileiros, a OAB não vale um tostão furado há muito tempo. É simples: os advogados têm as mais diferentes posições políticas, ou até nenhuma, e o presidente não pode pensar, falar ou agir em nome deles a partir do minuto em que se declara despachante de um partido político.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, decidiu não receber esse Santa Cruz enquanto ele mantiver sua postura de “militante político-partidário”. Faz muito bem. O que ele poderia fazer de diferente? Moro é o ministro de todos os brasileiros; o presidente da OAB não é o porta-voz de todos os advogados. Fim de conversa.
O homem diz que não é bem isso – alega ser “militante os direitos humanos, das mulheres, dos negros”. Mentira. Dupla mentira, aliás: ele milita no PT, sim, e não é representante de mulher nenhuma, nem de negro nenhum.
Por acaso as mulheres, os negros, etc., o elegeram para alguma coisa? Se não foi eleito nem pelos advogados, pois as eleições da OAB estão entre as mais biônicas e fajutas do mundo, imagine-se então o resto.
E o que há, em matéria de fake.
* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.