Maia não deixa dúvidas: está do lado da bandidagem
A aflição do deputado, neste momento, se volta para os cidadãos que organizam “pancadões” em favelas
atualizado
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De uma coisa, pelo menos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não pode ser acusado: de deixar dúvidas a respeito de qual lado está, no conflito entre polícia e bandido neste país. Vivem dizendo que a questão “é bem mais complicada que isso”, que as coisas “não são tão simples assim”, etc. Mas é bobagem.
A questão é essa mesma, simples assim: é polícia contra bandido, e Maia faz todos os esforços possíveis para dizer ao público em geral que está do lado dos bandidos. O disfarce para isso é sempre o mesmo – mostrar-se horrorizado com a possibilidade de que os direitos dos criminosos possam vir a ser arranhados pela ação policial.
(Como tantos outros inspetores do “bem” que frequentam a política brasileira, Maia acha que o grande problema do crime no Brasil não está nos criminosos, e sim nas forças que dão combate a eles.)
A aflição do deputado, neste momento, se volta para os cidadãos que organizam “pancadões” em favelas. Em São Paulo, dia atrás, bandidos em fuga entraram num baile desses, foram perseguidos pela polícia e o episódio acabou em tragédia, com mortos e feridos.
Maia julgou necessário nos dizer que se estivessem em vigor as medidas de proteção e apoio à polícia propostas pelo ministro Sergio Moro, os PMs que participaram da ação “não seriam investigados”. É mesmo? E como ele tem certeza disso? Por acaso conhece todos os fatos ligados ao caso? Estudou a fundo o inquérito? Tem provas do que diz? Claro que não. É a pura e simples obsessão em se colocar contra a polícia.
É por tomar atitudes assim que Maia, e tantos outros colegas, se tornam símbolos do desprezo, do desrespeito e da aversão que o povo brasileiro tem por seus políticos. A população em peso, nessa guerra, não tem nenhuma dúvida: está a favor da polícia e contra bandidos.
Na verdade, é uma das realidades mais simples da política brasileira – um dos principais motivos pelo qual Jair Bolsonaro é presidente da República, aliás, é justamente esse. Mas os grandes cérebros do nosso pensamento político não pensam assim. Problema deles.
* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.