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Falando “javanês”, Toffoli gera menos risco que com suas decisões

Quando alguém fala, fala, fala e não explica, quer dizer que ele não sabe nada de nada do assunto. É uma mostra da sua ignorância

atualizado

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Dias Toffoli
1 de 1 Dias Toffoli - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Supremo Tribunal Federal superou, mais uma vez, os seus próprios limites em matéria de exibição de ignorância em estado puro. A palavra é exatamente essa, “ignorância” – pois se você fala, fala e fala sobre uma determinada coisa e ao final não explica, nem esclarece, absolutamente nada daquilo que está falando, é sinal de que não sabe coisa nenhuma a respeito do assunto.

Qual a surpresa? O autor do último desastre foi justamente o presidente do STF – o mesmo cidadão reprovado duas vezes seguidas no concurso público para juiz de Direito e que não pode, por consequência, ser juiz em nenhuma das quase 5.500 comarcas do Brasil, mas preside a mais alta corte de justiça do país. Está lá porque foi advogado do PT e ganhou o cargo de presente do ex- presidente Lula.

Toffoli falou durante quatro horas seguidas para o plenário legislando a respeito do que, segundo ele, devem ser as regras sobre o compartilhamento de dados entre as autoridades fiscais, a polícia e o Ministério Público.

Ninguém, entre os seus próprios colegas (e olhe que são dez) entendeu patavina do que o homem estava dizendo – imagine-se, então, o público que paga a subsistência dos onze e em nome de quem eles dão expediente em seu palácio brasiliense.

Ao final, o ministro Luís Roberto Barroso fez a única sugestão prática para desvendar a massa bruta de palavrório despejada sobre a sessão: “Vamos chamar um professor de javanês”.

Ninguém duvida, já há tempo, que Toffoli e seus parceiros de facção no STF são hoje a pior ameaça ao estado de direito, às instituições e à democracia no Brasil. Não são os “robôs” das redes sociais, as “milícias”, a “extrema direita” e sabe lá Deus quem mais. São eles.

Em geral fazem isso ordenando que os criminosos sejam protegidos e tenham direito à impunidade, sobretudo nos casos de corrupção. Mas a destruição da lei e a proibição de se prestar justiça no Brasil inclui, também, a incapacidade funcional de entender questões básicas de Direito. Estamos tendo mais uma prova disso.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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