Estrangeiro que cometer crime no Brasil será simplesmente expulso
Ação do Ministério da Justiça assegura que, após cumprir pena, o criminoso continuará sua carreira em algum outro canto do mundo – não aqui
atualizado
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Um país não precisa, o tempo todo, armar batalhas políticas imensas, votações que varam as madrugadas no Congresso, reformas que transformam a alma do Estado e outros eventos épicos para mudar – e mudar para melhor.
O progresso também se faz, muitas vezes, em silêncio, longe dos olhos do público e sem despertar o mais remoto interesse por parte dos meios de comunicação.
Na verdade, é a soma desses pequenos avanços – que na verdade são bem grandes, quando se pensa um pouco sobre eles – que muda, de fato, a qualidade da civilização, dos costumes e da autoridade moral de um país.
É precisamente isso que está acontecendo neste exato momento, no Ministério da Justiça, em relação a um tema até hoje esquecido – o do destino dos estrangeiros que praticam crimes no Brasil.
A lei – não o ministro da Justiça, ou qualquer outra autoridade, mas a lei, pura e simples – manda expulsar do país esses criminosos, depois de cumprirem as penas pelos crimes a que foram condenados.
Não podem ir ficando por aqui depois de sair da cadeia, nem pagando advogados caros para cuidar do seu bem-estar. Havia, apenas, uma pequena dificuldade quanto a isso: a lei não era obedecida.
Força-tarefa
Agora não. Cumprida a pena, o autor do crime é simplesmente expulso do Brasil, pela ação de uma força-tarefa montada no Ministério da Justiça, e vai continuar sua carreira em algum outro canto no mundo – não aqui.
Ao anunciar, há pouco, a expulsão de um cidadão americano condenado por estrupo de menor e por pornografia infanto-juvenil, o ministro Sergio Moro divulgou um desses números que deixam claro o quanto é possível um país melhorar apenas com os “pequenos progressos” mencionados acima: em 2019 foram expulsos do Brasil 1.238 criminosos estrangeiros, segundo o que manda fazer a Lei Migratória.
Sabem quantos foram expulsos em 2015, quando o Brasil era uma nação feliz, livre do “fascismo” etc.? Exatos 22, nem um a mais. Isso se chama fazer a coisa certa.
* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.