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Vítimas de calote, jogadoras do Gama voltam para casa nesta sexta

Passagens foram emitidas nesta sexta-feira após solicitação da Secretaria de Esporte e Lazer para a pasta de Desenvolvimento Social

atualizado

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David Pena/Divulgação
Time do Gama
1 de 1 Time do Gama - Foto: David Pena/Divulgação

As cinco atletas que foram vítimas de um golpe embarcam de volta, no início da noite desta sexta-feira (27/11), para as cidades de origem. A confirmação ocorreu após o Governo do Distrito Federal (GDF) emitir as passagens de ônibus e entregar para as jogadoras de futebol, por solicitação da Secretaria de Esporte e Lazer.

Moradoras do Rio de Janeiro (RJ) e de Belo Horizonte (BH), elas estavam sem dinheiro até mesmo para comprar os bilhetes de retorno para casa, após o empresário que as contratou ter sumido com o dinheiro do acordo. O caso foi noticiado pelo Metrópoles.

As atletas acusam o “cartola” Ítalo Batista Teodoro Rodrigues de não ter cumprido o contrato e, ainda, de não oferecer condições mínimas para treinos, hospedagem e até mesmo refeições diárias das profissionais no DF. O empresário esteve à frente do futebol feminino do Gama durante o Candangão.

“Enfim, o GDF agiu rápido, e as nossas atletas tiveram o apoio e, agora, podem voltar com segurança para a suas cidades”, afirmou a secretária de Esporte, Celina Leão.

“Projeto social”

Dono de um “projeto social” chamado União Gamense FC – criado em 2017, suspenso em 2019 e retomado em 2020 –, o empresário acusado costurou acordo com a Sociedade Esportiva do Gama para utilizar a marca do time durante a competição local.

No fim do campeonato, o time feminino sofreu uma derrota por quatro gols contra o Cresspom e, por mais dolorido que tenha sido o resultado, nem de longe se comparou ao aperto relatado pela equipe. O golpe tornou-se público, após vídeo postado pelas atletas nas rede sociais.

 Vistoria

Após tomar conhecimento da reportagem do Metrópoles, uma equipe da Secretaria de Esporte e Lazer foi enviada ao local de hospedagem e constatou a situação de abandono vivida pelas atletas. Foram doadas cestas básicas e mantimentos para que a alimentação das profissionais ficasse garantida. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social incluiu o grupo como beneficiário de passagens para o retorno às cidades de origem.

A ajuda da área social do GDF ocorreu após ofício (veja abaixo) encaminhado na tarde dessa quarta-feira (25/11) pela Secretaria do Esporte, após a vistoria no local. A pasta pediu apoio “urgente e imprescindível” da Sedes-DF para viabilizar o retorno das jogadoras. Com a decisão, as atletas Ludymila Bárbara, Amanda Conde, Jade Cristina, Lorena Gonçalves e Cíntia Silva voltarão para casa.

Veja a íntegra do ofício:

6 imagens
Mesmo com calote, comissão técnica e jogadoras ficaram até o final da competição
As jogadoras criaram uma vaquinha virtual para tentar amenizar as dívidas
Elas relatam que a união entre elas ajudou a manter a vontade de jogar
Os treinos eram realizados em um campo público e sintético no Gama
Grupo seguiu firme até a rodada final
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Secretaria de Esporte forneceu cesta básica, carnes e mantimentos para a equipe do time feminino
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Mesmo com calote, comissão técnica e jogadoras ficaram até o final da competição

David Pena/Divulgação
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As jogadoras criaram uma vaquinha virtual para tentar amenizar as dívidas

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Elas relatam que a união entre elas ajudou a manter a vontade de jogar

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Os treinos eram realizados em um campo público e sintético no Gama

Reprodução/Instagram
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Grupo seguiu firme até a rodada final

David Pena/Divulgação
Calote

Segundo as atletas, o empresário não pagava inscrição dos jogos, deixava faltar comida antes dos treinos e não pagou nenhum salário ou auxílio. Tudo isso enquanto ostenta vida de luxo nas redes sociais.

“Uma pessoa destruiu os nossos sonhos. Temos passado momentos difíceis aqui na casa. A gente chegou a jogar com oito, porque ele sumiu com o dinheiro da inscrição das atletas. Tivemos danos físicos e mentais. Muitas vezes, ficamos preocupadas se teria o que comer antes dos treinos. A gente não sabe para onde ele levou esse dinheiro”, desabafou Ludymila.

Segundo o diretor jurídico do Gama, Wendel Lopes, o time não sabia da situação criada pelo empresário que cuidava do time feminino. Acrescentou que “o Gama teve seu nome utilizado indevidamente por uma pessoa que não tinha poderes para isso”.

O Metrópoles tentou inúmeros contatos telefônicos com Ítalo Batista, mas o número atribuído ao empresário está bloqueado pela operadora. A comissão técnica, as jogadoras e a Sociedade Esportiva do Gama também não conseguem contato com o empresário há pelo menos uma semana.

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